O Conar [Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária], órgão que regulamenta a publicidade, determinou que a Unip (Universidade Paulista) pare de veicular anúncios em que diga ser a que mais aprova no exame da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], como já fez. A universidade terá que dizer que seus dados referem-se aos números absolutos de aprovações, e não ao percentual de aproveitamento.
Aproveitamento
A Unip teve 230 aprovados no último exame, mas inscreveu 3.020 alunos – aproveitamento de 7,6%. A UnB, com 43 inscritos, aprovou 29 (67,4%). A USP teve 191 alunos aprovados, ou 63,4% dos 301 que prestaram o exame.
Comentário
É muito comum ouvir estudantes de Jornalismo dizerem que escolheram o curso por “odiarem” matemática. Se um dia foi verdade que jornalistas poderiam prescindir da disciplina, ela se torna cada vez necessária, pois – cada vez mais – defrontamo-nos, nós jornalistas, com números e banco de dados que têm de ser decifrados.
[Notícia publicada no jornal Folha de S. Paulo, 13/12/2011, na coluna de Monica Bergamo. Título, entretítulo e comentário de minha responsabilidade.]
Muito interessante este post. O mesmo se aplica aos cursinhos de Fortaleza: Subvencionando alguns alunos muito bons, eles conseguem obter vários primeiros lugares nos vestibulares Brasil a fora. Isto é, então, propagandeado aos quatro ventos fazendo com que muitos alunos medianos e fracos venham se matricular naquele cursinho. Se vc contar só os primeiros lugares, o cursinho parece excelente. Mas se vc contar o total de alunos inscritos, vê que o cursinho não passa de uma enganacão. É só uma questão de lógica matemática. Abs,