Meu artigo publico na edição de hoje (4/4/2013) do O POVO.
O pastor e o poder
Plínio Bortolotti
Jânio de Freitas (um dos raríssimos articulistas da imprensa “nacional” que continuo lendo, pois preserva a sua condição de jornalista, ao contrário dos “colunistas de grife”, saltitantes por aí); pois bem, Jânio, em seu mais recente texto na Folha de S. Paulo, comenta o pernicioso avanço de evangélicos sobre o Congresso, a partir do caso do pastor Marco Feliciano (PSC).
É um debate que costumo fazer com os colegas do O POVO: o medo (a palavra é essa mesmo) que tenho do poder cada vez maior que fundamentalistas evangélicos vêm assumindo. Temos mais a temer de um possível monopólio de uma rede de TV religiosa do que de uma laica, por mais perniciosa que sejam ambas as opções.
Feliciano é o deputado-pastor que chegou à presidência da Comissão de Direitos Humanos, mesmo cometendo declarações racistas, homofóbicas e intolerantes contra minorias. Sem falar na exploração descarada dos “fiéis”, que lhe entregam cheques, dinheiro e cartões de crédito, sob as mais diversas promessas. A meu ver, procedimentos assim afrontam pelo menos três artigos do Código Penal: 171 (estelionato), 283 (charlatanismo) e 284 (curandeirismo).
Para Jânio de Freitas a decisão de Feliciano de agarrar-se ao cargo demonstra que “nenhum segmento político está em mais condições de crescer, nas eleições do ano próximo para o Congresso, do que os evangélicos”. O título de seu artigo é justamente “O Poder à vista”.
São segmentos religiosos que interditam o debate sobre qualquer tema que fuja de sua cartilha: ai do candidato que se declara ateu; ai de quem ouse defender a legalização do aborto, ai de quem propõe aos homossexuais o direito ao casamento.
Independentemente das opiniões que você tenha sobre os assuntos, parece-lhe saudável que um grupo restrito queira impor seus preconceitos ou dogmas de seu credo a toda a sociedade?
PS. Apesar disso, as manifestações pela saída de Feliciano não podem se transformar em vale-tudo, pois justificaria o que deve ser combatido.
Plinio,
Gosto muito de ler seus artigos, porém não concordo com algumas colocações a respeito dos evangélicos, pela sua fala dar a entender que todos os evangélicos são preconceituosos..é a mesma coisa de dizer que todos os políticos são corruptos só porque são políticos.Eu sou cristã e não tenho esses preconceitos.E Sei que existem pessoas ou seitas NÃO cristãs e são preconceituosas..então não se pode culpar toda uma ”RELIGIÃO/SEITA” por atitudes de ‘alguns’ membros.
Cara Jeane,
Você tem razão ao combater e generalização, mas eu não cometi esse equívoco. Não critiquei todos os evangélicos: falei que temo os “fundamentalistas” e “integristas”, aqueles que tomam a bíblia ao pé da letra (as partes que lhe interessam, por óbvio, pois ninguém conseguiria seguir todos os preceitos da bíblia literalmente), os que não admitem o contraditório, os intolerantes, etc. Em sendo assim, especifiquei o tipo de evangélico que critiquei.
Agradeço pela leitura e pelo comentário.
Plínio
Caro colega como você mesmo mencionou no inicio de seu artigo é para você ter medo mesmo porque desde a fundação do mundo somos obrigados a viver no julgo da Igreja Católica que nos impõe seus dogmas guela abaixo. Peço a Deus que um dia tenhamos um SERVO DE DEUS na presidência de nosso pais, digo SERVO a palavra caso o Ilustre colega não saiba significa: Que presta serviços, Não podemos afirmar generalizar. Ou seja serei mais claro nem os 10 dedos de nossas mãos são iguais se parecem mas são diferentes, vou alem nem se o ilustre colega tiver um irmão gêmeo ele é diferente. Assim como não podemos disse que todos os católicos não presta , tenho vários amigos católicos que são melhores que alguns evangélicos. Por tanto respeito sua opinião mais o colega foi infeliz em sua colocação. Disse Jesus: ” Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”. Um grande abraço. Cristiano Gomes.
Caro Cristiano,
Guarde a sua fé e deixe os outros viverem em paz.
Abraço,
Plínio
Caro Plinio, exatamente por que estou guardando minha fé e tentando viver em paz que não concordo com pensamentos iguais ao do ilustre colega pois não posso Julgar uma instituição por causa de seus membros só podemos dizer que uma laranja é doce ou azeda se provarmos não posso ser Julgado se ser conhecido pelo ilustre colega pelos erros que o Sr. Marco Feliciano cometeu. Assim como o colega sou contra a permanência de Feliciano afrente dos Direitos Humanos pois ele foi eleito para resolver problemas e nao criar problemas. e sitando mais uma vez as palavras de Jesus ” CADA UM COLHE OS FRUTOS DO QUE PLANTA. Nao posso Julgar um Jornal tao imparcial como OPOVO pela opiniao do ilustre colega. Sua luta assim como a minha é para termos representantes que lutem pelo povo e nao distruir o povo..
Caro Cristiano,
Peço que v. olhe a resposta que eu dei para a Jeane, logo abaixo. Não fiz nenhuma generalização em meu texto, como você poderá observar.
Agradeço a sua leitura e o seu comentário,
Plínio