Coluna Política, que redigi para a edição de 4/6/2013, do O POVO.

Por dentro da caixa-preta

Um dos objetivos do Movimento Passe Livre (MPL), iniciador da mobilização que se espalhou pelo país, é abrir a “caixa-preta” da planilha do transporte coletivo. (Em São Paulo, o MPL tem adjetivos pouco dignificantes para se referir aos proprietários das empresas transportadoras). Os protestos, como se sabe, iniciaram-se quando a Prefeitura da capital paulista aumentou o preço das passagens de ônibus em 20 centavos.

Explorado pela iniciativa privada, o transporte coletivo é uma concessão pública, por isso as empresas têm a obrigação de prestar contas com a maior transparência possível. Abrir essas planilhas, permitir que sejam auditadas por especialistas independentes, permitirá esquadrinhar a famosa caixa-preta, da qual sai o preço da tarifa.

Mesmo olhando por fora, salta aos olhos a margem de lucro de 7% na planilha das empresas de São Paulo. Parece lucro excessivo para um negócio em que os “clientes” são compulsórios. E mais do que isso, têm de disputar a tapa o “privilégio” de usufruir do serviço.

Comento ainda a “Revolta do Vintém”.

Texto na íntegra.

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