Heitor minimiza ter procurado apoio de Tasso Jereissati na disputa (Foto: Reprodução/Facebook)

Heitor minimiza ter procurado apoio de Tasso Jereissati na disputa (Foto: Reprodução/Facebook)

O candidato Heitor Férrer (PSB) destacou nesta sexta-feira, 26, não ter apoio de “caciques da velha política” nem “patrões” para a eleição deste ano. Em entrevista ao O POVO Online, o deputado estadual reforçou propostas de campanha e minimizou ter procurado Tasso Jereissati (PSDB) na busca por apoios na corrida pela Prefeitura de Fortaleza.

“Não tenho vocação para ter patrão. Trato o Tasso como um igual, e foi assim que o procurei. O fato de eu ter procurado ele jamais me coloca na condição de submisso ou de ter ele como patrão. Meu único patrão é o cidadão que me elege, e o que não elege também, mas que paga o meu salário”, disse, em entrevista ao vivo pela plataforma do Facebook Live.

A fala acaba sendo crítica velada aos candidatos Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR), ambos com apoio de figuras como o ex-governador Cid Gomes, no caso de RC, e dos senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB) no caso de Wagner.

Confira íntegra da entrevista com Heitor Férrer:

O deputado disse ainda que, apesar de também ter procurado o líder tucano, se sente hoje “aliviado” pelo acordo não ter ido para frente. “Com base em pesquisas, a gente vê que o acréscimo por apoios acaba sendo muito pouco. Então, até para não ter essa pecha de ter padrinho ou patrão, acabou sendo bom. Foi um alívio”, disse.

Promessas

Heitor Férrer reforçou ainda “compromisso” em, caso eleito, remover até 50% dos fotossensores de Fortaleza. Ele questionou ainda afirmação do prefeito Roberto Cláudio (PDT), que aponta estudos que mostram os equipamentos como forma de reduzir acidentes e evitar mortes no trânsito.

“O fato de ter velocidade reduzida não é o que evita o  acidente. Às vezes, isso pode até causar eles. Fortaleza arrecada hoje R$ 7 milhões por mês com multas. Se o interesse é reduzir acidente, cadê as campanhas educativas? Eu vou tirar no mínimo 50% desses fotossensores, tudo sem causar nenhum transtorno”, disse.

Heitor reforçou ainda ser contra o armamento da Guarda Municipal (“só polícia não resolve”), evitou fechar posição sobre o Uber (“é complexo, precisamos discutir profundamente”) e criticou construção do IJF 2, uma proposta sua durante a campanha de 2012.

“Eu prometi na época, mas depois me reuni com técnicos e, com humildade, vi que este não era o melhor caminho”. Ele destaca, no entanto, que concluirá a obra se entrar na gestão com ela em andamento. “Seria uma irresponsabilidade descontinuar”.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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