A Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira, 6, a criação da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O texto do projeto prevê uma série de ações e estrutura diferenciadas para o combate ao crime, como formação de “quadro de policiais especialmente treinados, com recrutamento diferenciado e acesso a técnicas especiais”.
Segundo Camilo Santana (PT), a nova delegacia terá como foco investigar a atuação de facções criminosas nos presídios do Estado. Isso porque, segundo o secretário Delci Teixeira (Segurança Pública), é somente dentro das penitenciárias que estas organizações atuam de forma organizada
Delci destacou que a nova delegacia irá trabalhar em sintonia com a Polícia Federal, com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), representantes dos bancos e também com as Forças Armadas, além do serviço de inteligência da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), atualmente responsável pelas investigações de roubo a banco.
“Organismos diferenciados”
“Atualmente vivenciamos ações criminosas estruturadas e organizadas, com divisão de tarefas, fator que reflete um nível de organização considerável (…) urge então a criação de organismos estatais diferenciados para identificação destas organizações e seu efetivo combate”, diz o projeto, que chegou à Assembleia no final de agosto.
A ação cria ainda sete cargos comissionados na estrutura da Polícia Civil do Estado. Segundo o projeto, os novos postos visam “recompor a estrutura organizacional” da corporação. Os bônus vão de R$ 369,53 até R$ 1,1 mil.