Walter Agra foi o relator do PAD que recomendou a demissão aos dois promotores (Foto: Bruno Peres/CNMP)

Walter Agra foi o relator do PAD que recomendou a demissão aos dois promotores (Foto: Bruno Peres/CNMP)

Conselheiro do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que levou à aprovação de pena de demissão a dois promotores cearenses, o conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Walter Agra se manifestou sobre o caso e disse que o considerava “gravíssimo”.

“Achei um caso gravíssimo, tanto que a pena é a mais grave possível”, afirmou. Na sessão do Conselho que aprovou a pena, Agra defendeu que ela fosse aplicada aos dois acusados, diante de conselheiros dissidentes que questionavam envolvimento de Sebastião Brasilino de Freitas Filho. Já Joathan de Castro Machado foi afastado por unanimidade em dois processos.

Os promotores foram pegos em interceptações telefônicas com o advogado dos PMs suspeitos de sequestrarem e matarem um frentista em 2015. Durante as ligações, eles negociavam a mudança do processo contra os policiais para varas em que tinham influência, provavelmente para livrá-los das acusações.

Para serem demitidos de fato, o procurador-geral da Justiça do Ceará, Plácido Rios, precisa ajuizar uma ação cível própria para solicitar a demissão, que será julgada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-CE). Enquanto a ação tramita, os promotores ficarão afastados do Ministério Público do Ceará (MPCE), pena intitulada de “disponibilidade compulsória”.

Até o momento, nem a CGJ, nem os acusados quiseram se manifestar sobre o assunto.

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Letícia Alves

Repórter de política do jornal O POVO. Política local e nacional, bastidores e reportagens investigativas. Para sugestão de pautas, entrar em contato pelo e-mail: leticiaalves@opovo.com.br

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