O deputado Sarto, ex-líder de Cid na AL, saiu em defesa do ex-governador. Foto: Maximo Moura/AL

A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) repercutiu na sessão desta terça-feira, 23, os pagamentos do governo do Estado à JBS, entre os meses de junho e outubro de 2014, pouco antes da eleição daquele ano.

Deputados estaduais de oposição, como Capitão Wagner (PR), Fernanda Pessoa (PR), Carlos Matos (PSDB) e Roberto Mesquita (PP) evidenciaram as denúncias do delator com base nos dados trazidos na edição do O POVO desta terça-feira em que aponta o repasse de R$ 11,6 milhões da gestão Cid à empresa.

“Essa prática já é antiga. Que os culpados sejam responsabilizados”, disse Wagner ao relembrar as contribuições na campanha do prefeito Roberto Cláudio (PDT), em 2012, semelhantes a de 2014, denunciadas pela JBS.

“Cid não respondeu ontem. Mas cadê o pagamento das demais empresas que não foi feito?”, questionou a deputada Fernanda Pessoa sobre a devolução do imposto do ICMS que o ex-governador Cid garantiu ter efetuado o pagamento de todas as empresas ao fim dos seus dois mandatos.

“Todo mundo sabe que se cobrava 30% dessas empresas”, disse Roberto Mesquita (PP) ao alegar que os incentivos fiscais dados às empresas funcionava implicitamente como uma contrapartida a ajuda aos governos nos períodos eleitorais.

Governo

O deputado José Sarto (PDT), que foi líder de Cid na Casa, por outro lado, saiu em defesa do ex-governador e pediu prudência nas acusações. Segundo ele, “falta coerência” do deputado Capitão Wagner ao afirmar que os repasses não foram feitos nos anos em 2011 e 2012.

O deputado levou documentos e citou números de repasses em todos os anos para empresas. “Falta informação ao deputado”, criticou. O pedetista defendeu que não se pode “atropelar o devido processo legal” das investigações dos fatos.

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Wagner Mendes

Repórter do núcleo de política do O POVO wagnermendes@opovo.com.br

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