O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), disse que a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, e que foi rejeitada pela Câmara dos Deputados, é “fraca”.
A declaração do ex-governador foi dada no início da tarde desta quarta-feira, 9, ao programa Pânico, na rádio Jovem Pan. Segundo ele, a Polícia Federal estava acompanhando as investigações e que deveria ter aguardado o “próximo passo da mala”.
Criticando a sentença do juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula, o ex-ministro manteve o raciocínio ao alegar que não havia provas de que a mala de dinheiro recebida pelo ex-deputado Rocha Loures teria como destino o peemedebista.
“Eu sei que Temer é chefe de quadrilha, conheço todos eles: Moreira Franco, Eliseu Padilha, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha… Mas as evidências que a imprensa olha, nos autos têm que estar demonstradas”, defendeu o ex-ministro.
Sobre a condenação de Lula a quase dez anos de prisão pelo juiz Moro, Ciro afirmou que não havia elementos que garantissem a condenação. “Lendo a sentença, ela é fraca. E eu li”, disse Ciro. “E o sítio?”, questionou um dos entrevistados. “Mais fraco ainda”, disse o ex-deputado se referindo à denúncia envolvendo o sítio de Atibaia.
A PGR ainda pode apresentar pelo menos mais duas denúncias contra o presidente Michel Temer, proveniente de delações premiadas, como a de obstrução de Justiça e organização criminosa.
Eleições 2018
Ciro, que se coloca como alternativa para a disputa do ano que vem, criticou durante a entrevista o governador Geraldo Alckmin, o prefeito João Doria, a ex-senadora Marina Siva e o deputado Jair Bolsonaro, potenciais adversários dele em 2018.