O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, revelou em entrevista ao Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan, nesta terça-feira, 22, que antes de colocar o programa do partido ao ar, apresentou para algumas lideranças da legenda, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente licenciado da sigla, senador Aécio Neves. O mineiro, segundo Tasso, foi a única liderança do partido que não gostou do que viu.
“O programa é de total responsabilidade minha, mas isso não significa que eu não tenha ouvido outras lideranças do partido. Ouvimos lideranças mais representativas em várias instâncias do Senado, da Câmara, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e o próprio senador Aécio Neves. Tenho que ser justo com ele que viu, não gostou e reclamou do programa. Foi a única liderança que não gostou”, disse o cearense.
Tasso voltou a dizer que o cargo de presidente está à disposição de Aécio que tem direito legal de voltar quando quiser. “Meu cargo é interino, portanto no dia em que o presidente eleito do partido resolver voltar do afastamento o cargo é dele, evidentemente”, disse.
Tasso e Aécio disputam comando do PSDB
Defendendo a renovação do partido, o parlamentar disse que a sigla precisa fazer uma espécie de revisão dos equívocos praticados nos últimos anos e dos acertos, além de preparar para o futuro um novo programa em que se tivesse os princípios “muito bem delineados”.
“Se você olhar o programa com cuidado não há nenhuma razão para celeuma, revolta, porque ele não atinge ninguém diretamente, não ofende a ninguém, não agride ninguém, é simplesmente uma revisão de erros cometidos pelo partido”, declarou o tucano.
Prévias
O senador do Ceará afirmou ainda que defende a realização de prévias no PSDB, entre fevereiro e março do ano que vem, para a escolha de um nome para concorrer à presidência da República pela legenda. Ele aponta os nomes do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da Capital, João Doria, como potenciais nomes, mas disse que novas lideranças ainda podem surgir.
“Sem dúvida Alckmin e Doria são quadros notáveis que por si só estão candidatáveis à presidência da República. Só que podem aparecer outros candidatos daqui pra lá. Se isso acontecer, estamos propondo prévias dentro do partido entre fevereiro e março”, adiantou o parlamentar.
Veja a entrevista completa:
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