Proibição valeria até para Humberto Castello Branco (Foto: Divulgação)

Proibição valeria até para Humberto Castelo Branco (Foto: Divulgação)

Projeto que proíbe o batismo de vias, órgãos e prédios públicos com o nome de pessoas ligadas – direta ou indiretamente – a atos de tortura na Ditadura começou a tramitar na Câmara Municipal de Fortaleza. Entre as pessoas “banidas” pela proposta, está o cearense Humberto Castelo Branco, primeiro presidente do período militar brasileiro.

O projeto, da vereadora Larissa Gaspar (PPL), se baseia no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade. Finalizado em 2014, o documento lista 377 pessoas que teriam atuado em atos de tortura na Ditadura. Entre eles, está também o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, homenageado por Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em voto no impeachment de Dilma Rousseff.

“É tradição no Brasil se homenagear pessoas importantes dando seus nomes à escolas, rodovias e outros tipos de equipamentos públicos, mas precisamos rever a exaltação à pessoas ligadas à tortura em respeito às vítimas e em nome da democracia”, justifica Larissa Gaspar.

Segundo o projeto, a Prefeitura de Fortaleza teria até um ano para retirar placas, retratos ou bustos de pessoas que apareçam na lista da Comissão da Verdade e “rebatizar” o bem público. A vereadora destaca que, atualmente, 32 ruas, avenidas e até creches em Fortaleza levam nomes ou datas ligadas à Ditadura Militar.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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