Gony Arruda afirma que venda de cerveja e chope não possui relação com a violência (Foto: Divulgação)

Gony Arruda afirma que venda de cerveja e chope não possui relação com a violência (Foto: Divulgação)

A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia aprovou agora há pouco projeto que libera a venda e consumo de bebidas alcoólicas em estádios e arenas esportivas do Ceará. Segundo o texto aprovado, ficam liberadas bebidas com teor de álcool não superior a dez graus, principalmente cerveja e chope, vendidas em copos plásticos descartáveis.

Segundo o projeto, do deputado Gony Arruda (PSD), o comércio de bebidas começará duas horas antes das partidas e será encerrado até 30 minutos após o término. Somente serão expostas à venda bebidas em recipientes metálicos, pets ou similares, com a distribuição ao consumidor feita em copos plásticos com capacidade superior a 500 ml.

Cada consumidor poderá retirar duas unidades de bebida alcoólica por vez, mediante apresentação de documento de identidade. Qualquer desobediência a essas regras pode render multas entre R$ 11,8 mil e R$ 118,3 mil para o estádio ou arena esportiva.

Proposta polêmica

A venda de bebidas alcoólicas em estádios é polêmica e divide opiniões entre deputados. “É hipocrisia, hoje já se vende na frente dos estádios”, diz Gony Arruda, autor da proposta. Ele destaca que os jogos da Copa do Mundo em Fortaleza, onde foi permitida a venda de bebidas, mostraram que a violência não possui associação com o consumo do álcool.

“Ao contrário, percebe-se nitidamente que a violência ocorre em locais fora do ambiente esportivo, em combates e embates previamente marcado nas redes sociais por membros de gangues fantasiados de torcedores. Portanto, há pouca relação entre a violência ocorrida dentro e fora dos estádios em relação ao consumo de bebida alcoólica”, diz.

Outros deputados, sobretudo os religiosos, discordam. “Está provado cientificamente que o álcool altera sim o sistema nervoso do ser humano e serve de incentivo para a violência”, diz Dra. Silvana (PMDB). “É um local de lazer onde famílias vão torcer pelos seus times. Quem quiser beber pode esperar a partida acabar”, corrobora Joaquim Noronha (PRP).

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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