O PT ainda não jogou a toalha em relação à participação de Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro debate de 2018 entre os presidenciáveis, que a Rede Band realiza na noite da próxima quinta-feira, a partir de 22 horas. Imagina-se ainda possível reverter a situação que o impede de participar: o fato de estar preso, em cela da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Claro que tudo depende de uma longa batalha judicial, já iniciada.
Há uma primeira manifestação da juíza federal Bianca Arenhart, do TRF4, de Porto Alegre, que confirmaria a ausência, negando pedindo dos advogados de Lula para que ele fosse autorizado a deixar a PF para participar do evento. No entanto, o que ela determina é que a solicitação seja apresentada à colega Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena contra Lula, condenado a 12 anos e 1 mes de prisão em sentença do titular da 13ª Vara, Sérgio Moro, ratificada e ampliada pelos desembargadores de uma turma do Tribunal, na capital gaúcha.
A juíza Lebbos, que tem sido implacável com Lula na maior parte dos seus pedidos, deve confirmar a ausência dele no debate da Band, negando-lhe autorização para deixar o prédio da PF. A própria defesa do petista assim espera, já estando preparada para apresentar um recurso ao TRF4, agora como caminho mais natural, também com a expectativa de derrota.
É no recurso que será apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir dai, que os advogados começam a olhar a coisa com mais otimismo. Portanto, não há total falta de sentido nos que ainda imagem possível ter Lula presente ao primeiro debate entre os presidenciáveis na campanha de 2018.
Muito embora, claro, o mais possível seja mesmo que a cadeira destinada ao candidato do PT esteja vazia. Ou, que sequer esteja lá.

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Gualter George

Editor de Política do O POVO

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