Camilo Santana participa de ato politico em Messejana neste sábado na campanha pela reeleição (Foto: Evilázio Bezerra/O POVO)

No primeiro ato de campanha após a execução de três policiais militares na última quinta-feira, 23, o governador Camilo Santana (PT) disse que a Polícia no Ceará “tem efetivo suficiente” para garantir a segurança do processo eleitoral.

Candidato à reeleição, Camilo se referiu ao pedido de reforço de tropas federais no Estado, aprovado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE).

Endossada por unanimidade pelo pleno do órgão, a solicitação foi à votação na última quarta-feira, 22, um dia antes dos assassinatos.

O pedido (leia aqui) baseia-se em parecer da Procuradoria-Regional Eleitoral (PRE) feito a partir de investigação sigilosa conduzida pelo Ministério Público Estadual (MPE), que apura interferência de facções criminosas nas eleições.

Caso seja atendido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), parte do contingente das Forças Nacionais se concentraria em cinco municípios cearenses: Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Sobral e Juazeiro do Norte.

Ao todo, 22 municípios solicitaram o reforço. O TRE-CE julgou a medida necessária apenas em quatro cidades além da Capital.

Questionado se pediria o auxílio da tropa federal para as eleições no Ceará, o governador negou. “Eu não. Eu acredito na minha polícia. Nós fomos o Estado que fez o maior aumento de efetivo policial do País”, falou.

Em seguida, Camilo mencionou investimentos do Governo no setor de segurança pública.

“Foram mais de 8 mil homens contratados em três anos e meio. Nenhum estado contratou tantos policiais. Só do Raio, eu tenho hoje mais de dois mil e duzentos homens”, acrescentou.

O petista disse ainda que tem reunião agendada com a presidente do TRE-CE, a desembargadora Nailde Pinheiro, na próxima segunda-feira, para discutir o assunto.

“Vou receber o TRE-CE e saber quais são as justificativas (para o pedido). Sempre fiz parcerias com os órgãos federais. Vamos avaliar. Quero ouvir qual é a necessidade disso”, afirmou.

O chefe do Executivo estadual ressaltou que sempre tem “colocado as forças policiais a serviço de parceria” com as forças federais. “Preciso apenas saber o motivo”, completou.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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