Ailton Lopes conversou com apoiadores e demais opositores de Jair Bolsonaro.
(Foto: Alex Gomes/O Povo)

O candidato ao Governo do Ceará, Ailton Lopes (Psol), esteve ontem à noite na Praça da Estação de Maracanaú para ato intitulado #EleNão. Ao O POVO, ele avaliou que sua campanha cumpriu papel decisivo na defesa dos trabalhadores e da democracia. “É possível fazer uma campanha de esquerda e que tenha uma alternativa para o estado do Ceará”.

Ele entende que o governador Camilo Santana (PT) não representa uma candidatura à esquerda, já que a direita junto dele, segundo Ailton. “Com exceção do (General) Theophilo e do candidato do inominável (Hélio Góis (PSL), candidato de Jair Bolsonaro no Ceará)”.

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Ele mencionou a aliança que o petista conseguiu reunir em torno de sua candidatura, com 24 partidos – entre uniões formais e informais. Estas siglas, diz Ailton, apoiam candidaturas de direita no plano nacional, a exemplo da de Geraldo Alckmin (PSDB).”São três campos que o cara defende: o do Eunício, que é de uma direita conservadora, reacionária; o do Ciro Gomes e o do Haddad”, criticou.

Sobre a larga vantagem que o petista tem segundo os institutos de pesquisa, ele descredibiliza. Ele aponta que as pesquisas causam desserviço à democracia, com suas margens de erro. Cita o caso da ex-prefeita Maria Luiza pelo PT, em 1985, que venceu Paes de Andrade, pelo PMDB, quando as pesquisas indicavam larga derrota da petista.

O pleito estadual se encaminha para definição em primeiro turno, com Camilo marcando 69% em última rodada Ibope. Mesmo assim, Ailton diz que se fosse ao segundo turno, caso haja, gostaria de enfrentar Camilo. “É preciso enfrentar esse projeto e mostrar a tragédia que ele é para o Ceará”.

 

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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