Ciro Gomes foi alvo de vídeo difamatório no Youtube (Banco de Dados/O POVO)

Ciro Gomes (PDT) terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com 13 milhões de votos (Foto: Agência Brasil)

Aliados de Ciro Gomes pedem a renúncia de Fernando Haddad (PT) em favor do pedetista, que entraria na disputa presidencial contra Jair Bolsonaro (PSL).

Ex-governador do Ceará, Ciro foi o terceiro colocado no primeiro turno, com 12% dos votos (13,3 milhões de sufrágios).

Vice na chapa do cearense, a senadora Kátia Abreu (PDT) pregou ontem no Twitter que Haddad renuncie e libere a vaga para Ciro.

“Será que o PT e Haddad não vão perceber que estão aprofundando a divisão dos brasileiros?”, perguntou a senadora. “Só Ciro pode vencer o fascismo e salvar a democracia no Brasil.”

Em seguida, fez o pedido: “Haddad, renuncie e mostre que o Brasil é mais importante que o poder”.

Em pronunciamento hoje na Câmara Municipal de Fortaleza, o presidente da Casa, deputado estadual eleito Salmito Filho (PDT), também pediu a saída do candidato petista.

Filho foi acompanhado por outros aliados do grupo cirista no Ceará.

De acordo com pesquisas de intenção de voto feitas ainda na primeira fase da disputa, Ciro batia Bolsonaro no segundo turno com diferença de votos fora da margem de erro.

Os mesmos levantamentos mostravam Haddad atrás do capitão reformado na corrida ao Planalto.

Nessa quarta-feira, o PDT declarou apoio crítico ao presidenciável petista, mas o dirigente máximo da sigla, Carlos Lupi, afirmou que Ciro não irá subir no palanque de Haddad.

O partido e seus filiados se ressentem das articulações do PT no primeiro turno que resultaram no isolamento de Ciro.

A fim de reduzir a distância para Bolsonaro, Haddad precisaria converter 100% dos votos dados a Ciro. Essa migração em massa, contudo, ainda não seria suficiente.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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