Quatro das cinco candidaturas que disputam a sucessão da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Ceará (OAB-CE)  dividem-se entre propostas e críticas ao atual chefe da entidade, Marcelo Mota. Por ordem de registro das candidaturas, disputam o posto Roberta Vasques, Erinaldo Dantas – apoiado por Mota -, Edson Santana, Regina Jansen e Luiz Antônio Lima. O novo presidente será escolhido no próximo dia 28.

Para Roberta, ex-vice-presidente da atual gestão,  Mota entranhou-se “com partidos e poderes”. Este é, diz, o motivo pelo qual se tornou candidata. Em eventual vitória, ela promete o apartidarismo da entidade. Roberta também fala em ampliação e do Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia, levando-o para o Interior. Outra promessa, conforme ela,  fazer com que os desagravos dos quais advogados forem vítimas sejam julgados em 30 dias. “O que não tem acontecido hoje, esse processo dura até cinco anos”.

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Ela propõe ainda que a OAB ofereça estrutura de apoio para aconselhamento de  jovens advogados sobre o primeiro escritório.  Acrescentou a importância da luta contra o “aviltamento dos honorários. Não podemos permitir colegas fazendo audiência por 20 reais”.

Edson Santana, se eleito, diz que criará programa “Meu Primeiro Cliente” em benefício do profissional recém-formado.  Promete também sistema de pós-graduação gratuito. Em relação a anuidade, hoje R$ 800,  sugere programa de milhagem, que gere pontuação que pode ser transformada em desconto no valor. “Em resumo, a gente pretende mudar”.

Regina Jansen diz que é candidata graças a indicação da advocacia previdenciária. Ela já presidiu, inclusive, Comissão de Direito Previdenciário da OAB-CE.   “Não era meu propósito concorrer, mas foi reconhecido um trabalho. Não estou com nenhum cacique ‘oabeano'”. Ela diz querer a OAB pautada para a advocacia, “sem conchavos e partidarismos”.

Ela propõe plano de saúde com preço abaixo do mercado aos advogados, visto os mais de 40 mil advogados representados. Acrescenta ainda parceria com lojas para viabilizar o pagamento da anuidade via consumo de produtos. “Ele vai pagar a anuidade diariamente sem sentir o preço da conta”.  Sobre a atual gestão, avalia que o sentimento é de orfandade.

Concorda com Regina o candidato Luiz Antônio Lima. “Gestão fraca, desgastada pelos vinte anos que eles estão à frente da instituição. Comprometida (a gestão) com os poderes políticos e esqueceram totalmente da defesa da prerrogativa da defesa da advocacia e da prestação de contas”. Ele menciona a inserção do jovem no mercado de trabalho, a luta pelo piso salarial, contabilidade da ordem e a prestação de constas online se vier a presidir a entidade.

Presidente da Comissão Eleitoral da OAB, Clara Petrola que poderão votar apenas quem estiver adimplente com a OAB. O prazo para esta regularização se encerrou nessa segunda-feira, 29. Mesmo assim advogados ainda podem se regularizar, mas não poderão votar. Deferimentos e indeferimentos serão julgados no próximo dia 13. Questionada sobre número de eleitores, ela falou que terá acesso ao número dia 31. O próximo presidente assumirá no dia 1º de janeiro de 2019.

As chamadas feitas pelo Blog Política a Erinaldo Dantas e Marcelo Mota por telefone não foram atendidas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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