Girão

Eduardo Girão. (Foto: Alex Gomes/O Povo)

O senador eleito Eduardo Girão (Pros) comentou projeção feita pelo governador Camilo Santana (PT) para 2019, no lançamento da rádio O POVO/CBN Cariri, nessa terça-feira. Na ocasião, o petista afirmou esperar o “pior cenário” para o próximo ano. Girão então comentou que não é “hora para ter uma atitude derrotista”.

“O povo quer que os seus representantes trabalhem para que ocorra o melhor cenário possível. Esse ‘prejuízo’  (projetado por Camilo) também precisa ser melhor explicado, se é uma questão de verbas e repasses”, disse o ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube em nota.

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Conforme Girão, se o governador quer aproximação com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já deveria estar participando das reuniões de governadores com ele.

Sobre os recursos adquiridos para o Ceará, o senador eleito afirmou que foram conseguidos junto ao presidente Michel Temer (MDB), que, na avaliação dele, embora desafeto do PT, foi um grande aliado. Complementou dizendo que mediações entre o presidente e o estado podem ser feitas por qualquer congressista.

Apesar da crítica feita, Girão afirmou que fará o que estiver a seu alcance para ajudar o estado. Ele também disse que as portas de diálogo com Camilo estão abertas, independente de partido ou ideologia.

Confira nota na íntegra:

Farei o que estiver ao meu alcance para ajudar o Ceará. As portas estarão abertas para o governador, sempre que precisar, independente de partido ou ideologia.

Agora, penso que não é hora para ter uma atitude derrotista. O povo quer que os seus representantes trabalhem para que ocorra o melhor cenário possível. Esse ‘prejuízo’ também precisa ser melhor explicado, se é uma questão de verbas e repasses. Entendo que cada um precisa fazer a sua parte em todos os níveis, inclusive através de uma gestão que busca a racionalização e otimização dos recursos públicos, sem desperdícios. A população deu um recado claro nas urnas que quer uma transformação efetiva pelo caminho da ética e da transparência.

É preciso lembrar que o grande aliado do governador foi, na verdade, o presidente Michel Temer, desafeto do partido dele. O recursos vieram do Governo Temer. A articulação no Congresso Nacional pode ser feita por qualquer senador ou deputado federal. Se o governador quer a aproximação com o novo governo federal, poderia já estar participando das reuniões de governadores com o presidente eleito, por exemplo. É importante também moderar o discurso, pacificar e unir esforços olhando pra frente. Numa república é fundamental que os eleitos, para qualquer cargo, tenham responsabilidade na gestão do mandato, pensando sempre no melhor para toda a população.

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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