Recém-empossado presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado dr. Sarto (PDT) pediu para que a proposta da oposição de criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico seja apreciada com cuidado. “Não tenho detalhe da proposta, mas, por princípio, a CPI é um instrumento sério, então não pode ser avaliado açodadamente”, comentou em entrevista ao jornalista Carlos Mazza, do O POVO.

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Zezinho Albuquerque e dr. Sarto (Foto: Evilázio Bezerra/O POVO)

Parlamentares como Vitor Valim (Pros), Soldado Noelio (Pros) e André Fernandes (PSL) defenderam a abertura da CPI. Valim disse lamentar que na última gestão do Legislativo estadual “alguns deputados” tenham evitado o tema por medo de represálias. Já Noelio disse que a AL precisa investigar para ver “quem são os políticos e grandes empresários com ligações com facções”. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Ceará, Fernandes não só defendeu a Comissão como se dispôs a presidi-la.

“Não me furto do debate, mas quero ponderar: acrescenta?”, questionou o novo presidente da Casa. Quem defendeu argumento semelhante a Sarto foi o deputado Acrísio Sena (PT). Para ele, as respostas do Governo do Ceará (contra as organizações criminosas) têm sido serenas, com base em estudos, não em bravatas. Para Sena, o papel mais adequado do parlamento cearense neste cenário é dar suporte legal para que as mudanças propostas pelo Estado – em parceria com o Governo Federal – possam ser efetivadas e mantenham os bons resultados.