Formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Abraham Weintraub substitui Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação (MEC).
Weintraub, que também é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), atuava como secretário-executivo na Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni (DEM). No posto, auxiliou na elaboração da proposta de reforma da Previdência.
Ele estava no governo desde a transição, quando ficou responsável pelo levantamento de informações junto a empresas da administração pública.
O novo ministro foi sócio na Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim e membro do comitê de trading da BM&F Bovesp.
Além disso, desempenhou as funções de conselheiro da Ancord e representou o Votorantim em encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Weintraub é nome ligado ao ideólogo Olavo de Carvalho, responsável pela indicação de Vélez para a pasta.
Desde a semana passada, os círculos olavistas nas redes sociais comentavam a possibilidade de que o seguidor de Olavo assumisse o MEC no lugar do colombiano.
Entre esses seguidores, Weintraub é visto como muito mais preparado para a gestão de um órgão tão complexo como o Ministério da Educação, sem, contudo, deixar de lado as principais bandeiras do olavismo, como o combate ao “marxismo cultural”.
Vélez deixa o governo após série de crises e polêmicas, entre as quais estão as sugestões de que diretores de escolas filmassem alunos cantando o hino nacional e a revisão do golpe militar nos livros de História.