Foto: Agência Senado

Desde que assumiu o governo do estado de São Paulo depois de apoiar uma aproximação com o então candidato Jair Bolsonaro (PSL), o tucano João Doria amplia sua liderança sobre os espaços da legenda.

O crescente domínio do ex-prefeito da capital paulista tem colocado em dúvida a continuidade do senador Tasso Jereissati na sigla.

No próximo dia 31 de maio, o PSDB renovará seus quadros de dirigentes nacionais. Entre as novidades, está o deputado federal Bruno Araújo, de Pernambuco, favorito para ocupar a cadeira de novo presidente do partido – função que o próprio Tasso desempenhou provisoriamente durante afastamento do hoje deputado Aécio Neves (MG), envolvido em escândalos de corrupção, mas ainda mantido nas fileiras social-democratas.

Naquele período, cerca de dois anos atrás, o tucano cearense ensaiou movimentos de autocrítica no PSDB. Esse gesto redundou num debate interno que opôs o senador à ala liderada por Doria.

De lá para cá, Doria tem se cacifado cada vez mais de olho na corrida presidencial de 2022. Faz isso de duas maneiras: acenando ao governo Bolsonaro e encampando pautas da direita conservadora no horizonte do tucanato.

O clímax dessa tensão é o dia 31 de maio, quando deve se consolidar a influência do governador no seu ninho. A convenção do PSDB de São Paulo foi uma pequena demonstração do poder de fogo de Doria.

E é esse progressivo domínio que tem levado quadros históricos da agremiação a repensar a permanência no endereço partidário. Um deles é Tasso.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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