Abraham Weintraub foi convocado para prestar esclarecimentos sobre cortes (Foto: Reprodução/TV Câmara)

Abraham Weintraub foi convocado para prestar esclarecimentos sobre cortes (Foto: Reprodução/TV Câmara)

Convocado para explicar cortes na pasta, o ministro Abraham Weintraub (Educação) disse que foi a iniciativa privada que viabilizou a expansão do ensino superior no Brasil. Com discurso marcado pela defesa de cursos técnicos, Weintraub criticou a ampliação de investimentos públicos na área e atacou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

“A evolução foi no ensino privado, não no público. Esse esforço veio da iniciativa privada”, disse. “O governo financiou parte disso? É verdade, mas foi com um dos piores programas de financiamento do mundo, o Fies”, disse, destacando taxa de endividamento de estudantes que aderiram ao fundo.

Abraham Weintraub também defendeu revisão de metas da Educação, destacando suposto excesso na formação de doutores. “Já batemos a meta do doutorado há tempos (…) quando você bate uma meta, você direciona as verbas para as outras que ainda estão aquém”, diz.

O  ministro também voltou a criticar investimentos em pesquisa nas áreas de humanidades. “As ciências de humanidades geram pouquíssimas publicações com impacto científico (…) elas são feitas e engavetadas”, afirmou. “Mas onde estão as bolsas? Elas estão justamente nas áreas que não geram produção científica”, disse.

 

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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