Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Luis Macedo/Câmara)

Por 228 votos a 210, deputados federais decidiram agora à noite retirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e abrigá-lo sob a alçada de Paulo Guedes, ministro da Economia.

O placar foi comandado principalmente por parlamentares do “centrão”, que já vinham sinalizando que transfeririam o órgão do ministro Sergio Moro para Guedes.

O resultado é parte da votação da Medida Provisória 870, que reestrutura o desenho da Esplanada dos Ministérios, reduzindo o número de pastas de 29 para 22.

Estagnada na Casa desde o início do governo e prestes a caducar (expira dia 3/6), a MP foi aprovada na Cãmara e agora segue para o Senado.

Durante todo o dia, “hashtag” que defendia votação nominal para a emenda que tratava do Coaf ficou situada entre as mais comentadas no Twitter.

Mesmo nominal, porém, o governo amargou derrota. A vitória é creditada a Rodrigo Maia, presidente da Casa.

O Coaf é responsável pelo combate à lavagem de dinheiro. O mecanismo, defende Moro, é peça fundamental nas investigações como a da Operação Lava Jato.

A permanência do Coaf com o titular da Justiça é uma das bandeiras dos protestos agendados para o próximo domingo, dia 26.

Além dela, os atos defendem a Lava Toga, o pacote anticrime e a reforma da Previdência.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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