(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre o impacto das reportagens do “The Intercept” no Twitter mostra que os grupos de esquerda superaram os de direita na suspeita de uso de robôs para impulsionar as publicações.

As análises da DAPP, finalizadas ontem e divulgadas hoje, abrangem o período desde a publicação das matérias do site, às 18 horas de domingo, até o meio-dia de segunda-feira.

Grupos de esquerda, informa o documento, registraram 6,3% de suspeitas de interações de robôs (223 perfis automatizados e 19.950 RTs feitos por robôs).

À direita, conforme o mesmo levantamento, foram 3% de compartilhamentos de contas automatizadas (203 robôs e 9.347 RTs por robôs).

No polo à esquerda do espectro ideológico, a DAPP afirma que o portal “Brasil 247” tem papel de destaque em suspeita de interações operadas por robôs.

Ao todo, somadas todas as interações consideradas no intervalo, houve “3,8% de participação de interações automatizadas no mapa, com 1.624 robôs e 31.8810 interações automatizadas”.

Até as 12 horas de ontem, o vazamento de diálogos entre o ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro e o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol contabilizou 1,52 milhão de menções no Twitter.

De acordo com a DAPP, a repercussão esteve concentrada em Moro, seguido de Lula e Dallagnol.

O estudo identifica ainda “perfis venezuelanos em compartilhamento a favor de Lula com indícios de ação de robôs”.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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