A expectativa é de que R$ 34,3 milhões sejam movimentados no varejo durante as compras do final do ano. É esperado também aumento nas contratações efetivas após o período

Com a proximidade do Natal, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) prevê aumento do número de vagas temporárias após dois anos consecutivos de queda. A expectativa é de que, ao final do período iniciado em setembro e finalizado em dezembro, 73,1 mil trabalhadores sejam contratados, número 10% maior que o do mesmo período de 2016.

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Segundo Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, nos dois últimos anos não foram mais de 15% de vagas preenchidas. “Antes da crise, mais de 20% das vagas começavam a ser preenchidas em setembro e outubro”, comenta. Além das contratações, a CNC espera movimentar 4,3% a mais que o varejo do ano anterior, o que representa cerca de R$ 34,3 bilhões até dezembro.

Ainda de acordo com a Confederação, a estimativa é de que a média dos salários de admissão chegue a R$ 1.191 – aqui, o setor de farmácias, com remuneração de R$ 1.446, é o de maior alcance, seguido pelas lojas produtos de informática e comunicação (R$ 1.391). A CNC aponta ainda que o setor de vestuário e calçados deve ser o principal contratante, com 48,9 mil vagas. Em seguida, estão os hiper e supermercados, com 10,4 mil. No terceiro lugar, aparece o setor de artigos de uso pessoal do doméstico: a expectativa é de 8,3 mil contratações.

Em relação às contratações efetivas, também é esperado um aumento. “Ao contrário da média dos dois últimos anos, quando apenas 15% dos trabalhadores contratados em regime temporário foram efetivados após o fim do ano, a reação mais positiva da economia deverá elevar esse percentual para 27%”, afirma Bentes. Em 2013, por exemplo, a taxa de contração chegou a mais de 35%. De 2014 para 2015, houve uma queda de aproximadamente 15% no número de contratações, chegando a somar cerca de 10% de contratados. Para 2017, o previsto é o retorno da média dos anos anteriores.