Imagem mostra uma porção de feijão verde. Ao lado do pote, legumes variados. Foto simula comida de boteco

Comida de boteco atravessa gerações e ganha cada vez mais destaque nas mesas e também nos corações dos brasileiros. Inscrições para curso estão abertas

“Comida de boteco é um afago na alma”. É assim que a professora Manuela Bandeira, 35 anos, define sua paixão pelos tradicionais e saborosos petiscos. Ela, por exemplo, não abre mão de comer seus petiscos favoritos, inclusive nos dias da semana. Manuela não está sozinha. O apreço dos brasileiros por essas delícias vem de muitos e muitos anos. E embora seja quase que uma instituição nacional, o boteco não é uma exclusividade nossa.

A ideia de um lugar para servir comidinha rápida, saborosa e, quase sempre, barata também existe na Inglaterra e na Espanha, por exemplo. Mas como o brasileiro é conhecidamente criativo e bom de boca, receitas como caldinho, croquete, pastel, escondidinho e feijão verde são verdadeiros patrimônios gastronômicos, que conquistaram uma legião de fãs, entre brasileiros e, sim, estrangeiros. Para essas pessoas, não há comida no mundo que supere esses e outros petiscos, principalmente quando se degusta em meio a uma conversa despretensiosa, alegre, rodeada de bons amigos.

Instrutor de Gastronomia do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará (Senac/CE), Matheus Vieira explica que a relação do brasileiro com a comida de boteco vem do fato de que, na maioria das vezes, ela possui um toque de simplicidade. Ou seja, são pratos fáceis de fazer, com ingredientes simples e que podem ser encontrados em qualquer bom mercado. Além disso, o instrutor destaca ainda o aspecto regional.

“No sudeste, o bolinho de feijoada e o caldinho de feijão preto costumam sair bastante nos tradicionais botecos. Já aqui, o feijão verde com nata e o escondidinho de carne de sol, por exemplo, estão entre os favoritos do público”, explica. Assim, trazer as características de cada lugar, com ingredientes típicos de cada região, também é uma razão para o sucesso dos petiscos nos quatro cantos do País.

Tudo entre amigos

Manuela Bandeira concorda. Caldinho e feijão verde, com bastante nata, estão entre os seus preferidos. Para além da questão do sabor, ela destaca ainda o aspecto afetivo de se apreciar um bom petisco, principalmente quando se come ao lado dos amigos, seja no boteco ou até mesmo em casa. “Existe algo melhor do que compartilhar aquela cerveja gelada com um petisco bem gostoso na companhia dos amigos? Acho que a comida de boteco traduz esse sentimento de amizade, de carinho, bem dizer é um afago na alma”, brinca.

E por falar em receber os amigos, é possível fazer em casa aquele petisco com mesmo sabor da verdadeira comida de boteco? Para Matheus Vieira, sim, desde que o “chef” siga algumas dicas. “O segredo é caprichar, principalmente, no refogado. Pode-se usar a banha, uma gordura animal, para refogar bem o alho e a cebola. Outra dica é apostar no cheiro verde, ele também ajuda a dar um saborzinho todo especial”, revela.

Mão na massa

Para quem deseja desenvolver conhecimentos e habilidades no preparo de porções e tira-gostos, a dica é o curso Comida de Boteco (20h), que tem início no dia 28 de setembro, de 8h às 12h, no Senac Aldeota. As inscrições podem ser feitas no site cursos.ce.senac.br ou na própria unidade. O curso é ideal tanto para quem já trabalha na área e quer se aperfeiçoar, quanto para aqueles que querem aprender uma nova profissão. Além disso, é indicado para pessoas que cozinham como hobby e querem fazer bonito na hora de preparar o petisco perfeito.

Serviço:
Curso Comida de Boteco
Carga horária: 20h
Período: 28/09/19 a 09/11/19 (sábado)
Horário: 8h às 12h
Local: Senac Aldeota –  R. Tibúrcio Cavalcante, 1750 – Aldeota
Inscrições: pelo site do Senac ou na própria unidade
Mais informações: (85) 3433 3884