Homem em uma apresentação de maracatu

O encontro reúne etnias indígenas, além de ciganos, quilombolas, comunidades sertanejas e serranas. (Foto: José Wagner)

Evento segue até domingo, no Sesc Iparana, com programação diversa que ressalta práticas e saberes de diversos povos cearenses

Um momento para reunir as expressões socioculturais dos povos originários do Ceará, o Encontro Sesc Herança Nativa está acontecendo em Iparana. Na sua quinta edição, o evento reúne Povos Indígenas, Ciganos, Quilombolas, comunidades sertanejas e serranas, sendo um importante desdobramento do Encontro Sesc Povos do Mar.

O Encontro Sesc Herança Nativa contribui com a valorização das identidades dos povos e coletivos que formam a multiplicidade das culturas de tradição no Ceará. O evento torna-se uma oportunidade de explorar a memória dos povos, das práticas históricas de longa duração, assimilando a identidade de cada povo e reconhecendo nossas raízes.

Neste ano, o Herança Nativa reúne 14 etnias indígenas, cerca de 15 comunidades quilombolas e 5 núcleos ciganos. Serão 57 oficinas, 55 vivências, 84 palestras, 16 práticas alimentares e 65 apresentações artísticas tradicionais. Toda a programação foi pensada para proporcionar o máximo de interação entre os povos, permitindo a troca de práticas de longa duração, assimilando a identidade de cada um e reconhecendo as tradições.

Somando manifestações através do canto, dança, música, espiritualidade, cultivo e alimentação, o Herança Nativa possibilita, de forma pedagógica, o reconhecimento de si e do outro. É uma oportunidade de debater a construção da identidade dos cearenses e assimilar, das mais diversas formas, a nossa cultura.

Durante o final de semana, quem quiser conferir o evento vai se deparar com uma programação extensa e diversificada. No sábado, tem pintura corporal de grafismos indígenas de jenipapo e urucum; rodas de saberes com diversos temas, como Educação Diferenciada Indígena; várias oficinas de artesanato, dentre elas, em madeira, palha e tear.

Ainda no sábado é possível presenciar o encontro de Loiceiras e Loiceiros; dançar o Toré com os Potyguara, Kariri, Anacé, Jenipapo Kanindé e com os Tapeba Sobradinho. Também vai ter a oportunidade de conhecer a reserva indígena Taba dos Anacé e experimentar as práticas alimentares através do baião de xerém, fubá e doce de amendoim e muitos outros sabores e pratos.

O domingo, último dia do Herança Nativa, oferece Oficina de Barro, Leitura de mão, Colares artesanais do Povo Tabajara, Oficina de talha em madeira, Roda de Saberes sobre os movimentos indígenas nas áreas urbanas, além de outras atividades.

Programação completa disponível no site do Sesc Ceará