Júlio Sampaio palestrando

Presidente do Icomos Brasil, Júlio Sampaio fala sobre a importância do reconhecimento da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade (Foto: Augusto Pessoa)

Júlio Sampaio, da Icomos, destaca a contribuição dos Museus Orgânicos no processo de transformar a região em Patrimônio da Humanidade. Ele é um dos protagonistas da websérie produzida pelo Sesc Ceará

O Cariri é o berço de uma das mais importantes manifestações culturais e tradicionais do País. É um lugar onde a ancestralidade se expande e se conserva, a exemplo dos Museus Orgânicos, baseado no vínculo com a história e dos lugares onde vivem os mestres de cultura popular. Mas o Cariri cearense tem mais! Uma das riquezas da região é a Chapada do Araripe, que também faz divisa com os estados de Pernambuco, Piauí e Paraíba. É conhecida e admirada por suas fontes naturais, grutas, sítios arqueológicos e paleontólogos, para além de sua vasta cultura popular, entre tradições, ancestralidade e patrimônio humano.

Não por acaso, o Serviço Social do Comércio do Ceará (Sesc/CE), em parceria com a Fundação Casa Grande, vem dialogando com a comunidade sobre a importância cultural que se estabelece nesse território. Assim, através de encontros com organismos internacionais balizadores do patrimônio imaterial, pensou-se na proposta de colocar a região que compreende a Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade, título mais importante pela salvaguarda cultural e natural.

E foi assim que nasceu o I Seminário Internacional Patrimônio da Humanidade Chapada do Araripe, que aconteceu de 6 a 9 de agosto de 2019, nas cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Nova Olinda. As discussões giraram em torno dos diversos aspectos sobre as potencialidades da Chapada do Araripe se transformar, de fato, Patrimônio da Humanidade.

Nesse sentido, Júlio Sampaio, Presidente do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), associação não-governamental ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), e historiadores do Instituto Vale Caririense, por exemplo, destacaram a figura histórica de Padre Cícero e os símbolos culturais populares e religiosos como patrimônio imaterial. “Se a chapada já é um geoparque reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), certamente ela tem mérito para que esse reconhecimento seja estendido dentro dessa abrangência da lista de Patrimônio Mundial”, explica Júlio, pontuando ainda que a criação dos Museus Orgânicos também é uma contribuição bastante significativa nesse processo.

Júlio Sampaio fala mais sobre o assunto no sexto episódio da Websérie Chapada do Araripe: Patrimônio da Humanidade, disponível nas redes sociais do Sesc. Os vídeos foram produzidos durante o Seminário, com entrevistas e relatos de pessoas diretamente envolvidas nesse movimento de transformar a Chapada do Araripe em patrimônio da humanidade.

Neste outro vídeo, os interessados podem acompanhar a websérie, ver e rever os programas anteriores e ficar de olho nos próximos vídeos.