Vou Rifar Meu Coração é um documentário brasileiro que procura relacionar a vida de personagens anônimos com músicas de um estilo musical conhecido como brega. Cantores como Amado Batista, Agnaldo Timóteo, Odair José, entre outros, participam do filme contando o que sabem dessa música popular. O filme apresenta relatos desses personagens anônimos contando suas histórias de vida entre cada verso de uma música e outra.
Quem nunca teve um amor que não deu certo? Quem nunca sofreu por alguém? Quem, ao escutar alguma música, não se lembrou de alguém? São personagens do nosso cotidiano, do interior do Brasil, que protagonizam o documentário que fala de um estilo musical bastante romântico.
Uma das coisas que me chamou atenção no documentário foi o questionamento de Wando sobre a denominação da música. “Mas por que essa música pode ser brega? Por que não foi feita pelo Chico Buarque?”. Se pararmos pra pensar é bem por aí mesmo. O brega tem sua origem bastante humilde e popular, mas não diferente do romantismo feito nas músicas de Roberto Carlos ou Chico Buarque, por exemplo. E ainda posso complementar com as palavras de Odair José: “A mesma dor de cotovelo que o pedreiro sente, o médico também sente. É só perder a mulher que ele gosta que ele vai chorar do mesmo jeito que o pedreiro chora, a diferença é que o pedreiro vai chorar numa casa de merda e o médico vai chorar em um apartamento virado pro mar, mas a dor é a mesma.”.
A dor é a mesma.
O documentário foi dirigido por Ana Rieper e viajou pelo Nordeste, principalmente pelos estados de Sergipe e Pernambuco, para colher os relatos envolventes e sinceros do nosso povo brasileiro que, apesar da vida maltratar tanto, ainda tem um espaço no coração para amar.
E agora traz a cachaça que eu vou afogar as minhas mágoas!
