Se não fosse DJ, ele seria design gráfico… nós agradecemos por ter escolhido a música!
Colecionador da música reggae há 13 anos e Selecta do Sound System Dub Foundation, Alexandre Barros, mais conhecido como Bandit Dubwise é destaque na cena reggae da nossa capital alencarina.
Atua como DJ há quase 8 anos, já marcou presença em festas importantes. Atualmente é residente da Biruta – Terças Normais, Mocó Stúdio aos domingos, e Reggae Club nas quintas e sábados. E garanto, não deixa ninguém parado!
Apesar de ter essa cara de mau, ele é gente boa (:D) e concedeu uma entrevista pro Respirando Música falando um pouco sobre o seu trabalho e como tudo começou. Confere como foi!

 

RM: Porque Bandit Dubwise?
Bandit: O nome Bandit vem do tempo em que eu comecei a frequentar sala de bate papo da uol, na época eu assistia aquele desenho do Jonny Quest e gostava do nome bandit que era o buldogue do Jonny Quest… então eu comecei a usar esse nome.
Quando chegou o reggae e veio o interesse de ser dj eu juntei com o nome dubwise, o dub propriamente dito, que é a versão instrumental da música, geralmente vem no lado B dos discos. Dub > Dubwise > Bandit Dubwise.

RM: Como começou na música?
Bandit: O interesse pelo reggae nasceu há mais de 15 anos, mas virar dj foi uma coisa meio que natural. Eu sempre andava nas festas de reggae que tinham na praia do futuro, sorriso do sol, e nessa época eu já começava a colecionar… só que era mp3, porque naquela época a galera colecionava mp3.
Eu e meus amigos frequentávamos um bar dia de sexta-feira, chamado Red Point, e em agosto de 2005, no aniversário de uma ex-namorada, precisava de um som pra animar e eu fui ser o dj. Acabou que deu certo e eu comecei a tocar lá nas sextas feiras só como hobbie, pros amigos curtirem. Um tempo depois surgiu uma oportunidade de tocar na pf, na própria sorriso, depois na praçaí… e foi assim que tudo começou.

RM: O que o Alexandre Barros respira?
Bandit: O reggae tá na veia, claro, mas eu não respiro só o reggae, hoje em dia eu abri minha cabeça pra outros estilos, principalmente música brasileira, rap, rock, samba, sambarock… até porque eu trabalho em outros eventos que eu não toco reggae, e preciso conhecer músicas novas.
E algo que ultimamente eu venho respirando bastante, que é até meu refúgio, 3 ou 4 vezes na semana eu vou à praia, aprender a pegar onda, que é uma coisa que eu sempre tive vontade de fazer e tô amando mesmo.

RM: O Bandit está há 8 anos trabalhando com reggae, qual mudança você nota na cena reggaeira na nossa capital?
Bandit: Eu considero o Canto das Tribos como o berço do reggae local, um marco na história da cena reggae de Fortaleza, e na época do Canto das Tribos as bandas comandavam o sucesso da festa, os djs não tinham tanta influência.
Com o tempo isso foi mudando, hoje em dia há momentos em que o dj é mais importante que a banda, apesar das bandas continuarem tendo seu valor.
Naquela época também só existia o Reggae Roots, depois chegou o Ragga, o New Roots que é um reggae mais contemporâneo e de uns cinco anos pra cá o Vinil entrou na cena e vem se sustentando. Hoje, há opção pra todos os gostos.
Foram fases, a meu ver, completamente necessárias para engrandecer cada vez mais a cena reggae local.

RM: Em quem o Bandit se inspira?
Bandit: Em nome do Alexandre, minha inspiração vem do dia-a-dia mesmo. Se você tá bem, as coisas fluem, se você tá mal, é melhor nem fazer nada… porque acaba refletindo no seu trabalho. A inspiração vem da vida mesmo, nada específico ou alguém…
No profissional eu gosto muito de ver alguns amigos, e vou citar aqui uma pessoa que eu tenho como ídolo. Aprendi muito com ele, aprendo e ainda tenho muito a aprender que é o DJ Doido, uma referência tanto de técnica como de conhecimento em música. Não exatamente uma inspiração, mas se é pra seguir os passos de um DJ, de alguém próximo, será ele.

RM: Quais as principais festas que tocou?
Bandit: Parece meio clichê, mas toda festa tem o seu “quê” especial.
Maaaas… a festa mais especial foi em 2010, The Congos e Mano Chao, por dois motivos: foi a primeira vez que o The Congos veio em Fortaleza, é uma das minhas bandas preferidas, e eu abri a festa! E o segundo foi que nesse dia, quando eu toquei uma música e fui olhar no Backstage, os caras estavam dançando num clima tão massa, curtindo mesmo o meu som, que eu fiquei até emocionado. Fiquei alguns segundos parado, olhando pra eles. Lembro até qual era a música, era “To Suvive” do W. Brown! Essa foi especial!

RM: Uma situação engraçada que já tenha acontecido com você?
Bandit: Não exatamente engraçada, mas inusitada. No meu aniversário do ano passado, minha ex-namorada marcou com as amigas dela e chegaram todas de ‘bandidets’ no Reggae Club. Mobilizaram geral na frente com faixa, bandeira, e grito. Foi um momento legal, me senti querido, mas fiquei todo envergonhado em cima do palco.

RM: Alguma situação chata ou constrangedora?
Bandit: Tínhamos um projeto chamado BaBaBoom Time, que era toda quarta-feira. Na época em que o projeto estava sendo realizado num bar na Jovita Feitosa, e já estava trazendo um bom retorno pro dono do bar – já que a quarta-feira era um dia bem parado lá – a SEMAN chegou através de uma denúncia e apreendeu equipamentos nossos valiosos. O dono do bar que era pra ter nos ajudado se esquivou e nós saímos com um prejuízo de quase 7 mil reais.
Graças a Deus e ao Dub Fundation, através do Caio, nós temos outros equipamentos, mas aqueles até hoje nunca recuperamos.

RM: Quais os projetos que o Bandit gostaria de realizar?
Bandit: Eu sempre tive vontade de ter o meu próprio local, não necessariamente um bar grande, penso em uma coisa mais aconchegante, menorzinha, que pudesse rolar um reggae com mais frequência, aonde a galera chegasse pra conversar com os amigos, beber, comer alguma coisa, e escutar uma boa música né… Mas sempre adiei, porque pra isso é necessário bastante planejamento, não só grana pra começar, mas também tem que ter um capital de giro. Outro projeto que eu sempre penso, é montar um projeto semanal que envolva o reggae, mas que eu possa também envolver a galera do surf, talvez algo na praia. Quem sabe com parcerias certas e um amadurecimento da ideia dá certo.
E uma coisa que eu quero fazer em 2013 é uma festa em comemoração aos 8 anos de carreira, em agosto. Chamar meus amigos (pode chamar o Respirando Música também, tá?), fazer um super encontro e uma comemoração bem bacana!

 

EntrevistaBandit
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O Respirando Música deseja que todos os seus projetos se realizem, e que nós possamos estar presentes para prestigiar!

 

Sucesso sempre! Obrigada pela entrevista e… Jah Bless! 🙂

 

About the Author

Thalita di Paula

Uma sagitariana nata. Amante de Música, Internet, Marketing, Sol e Mar! Reggae Lover. Na playlist, O Rappa sempre.

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