Por Mário Valney

There is a factory clouds are made in” é como começa o refrão de uma das músicas do novo álbum da banda finlandesa Sonata Ártica e mesmo na “terra do forró”, aproximadamente 2 mil headbangers de Fortaleza se reuniram sábado passado (21) no Complexo Armazém para viver durante cerca de 1 hora e 40 minutos a celebração dos quinze anos do primeiro álbum (e divulgação do último lançamento), naquilo que se tornou um dos melhores shows que Fortaleza já viu.

O grupo liderado pelo vocalista Tony Kakko iniciou sua apresentação 5 minutos após as 22 horas, quando apagaram-se as luzes do palco e podemos ouvir as primeiras notas da introdução. Tommy Portimo (bateria) foi o primeiro a aparecer, vestindo uma camisa 10 da seleção brasileira, depois vieram Henrik Klingenberg (teclado), Elias Viljanen (guitarra), Pasi Kauppinen (baixo) e por último o Tony.

A primeira música do novo álbum foi também a música de abertura do show: “The Wolves Die Young“. Mas apesar da empolgação dos fãs com as músicas do Pariah’s Child, ficou claro que todos esperavam pelos clássicos naquela noite, quando “Losing My Insanity” (Stones Grow Her Name) e “My Land” (Ecliptica) foram tocadas em seguida. Sem falar de “Replica“, quando todas as quase 2 mil vozes (sabendo ou não a letra) cantaram juntas.

Após esse momento de emoção, temos que dar destaque a um dos melhores momentos do show com uma performance inesquecível do Tony na música Cloud Factory! Com direito a tapinhas na bunda, continência e nenhum segundo parado, Tony dançou como se estivesse bêbado (ou pelo menos enlouquecido de alegria) na sua cidade natal, que segundo ele falou antes da música, possui cerca de 21.000 habitantes, contra os dois milhões e meio de Fortaleza.

024-copyright

Depois tivemos “Black Sheep“, com um dueto de keytar e guitarra, a calma “Letter to Dana” e “Paid in Full“.

Em “I Have a Right” ouvimos à capela uma canção sobre os direitos das crianças, seguidos de “X Marks the Spot” e o Complexo Armazém se tornou um só com a música “Tallulah“, quando os fãs cantaram tão alto que quase abafaram a voz de Tony.

E chegou então a hora da música mais famosa da banda: “Fullmoon“, que levou, já na introdução, esse que escreve (e provavelmente a todos que estavam lá) ao delírio:

035-copyright

Henrik foi tão épico que até Tony parou para ouvir:

036-copyright

Se​m dúvida um dos momentos mais emociantes do show!Sem falar dos run away! run away! run away!​ do refrão, que ficaram a cargo dos fãs.

Para muitos dos fãs cearenses, o mundo poderia acabar que tudo teria sido perfeito, mas a noite ainda tinha “​Kingdom for a Heart​”​ e “San Sebastian​” (na primeira fase do show), além de “Blood​”​, “​8th Commandment​” e “Don’t Say a Word​​”​ (bis). Mas tudo que é bom dura pouco e o show chegou ao fim.

Com palhetas e baquetas voando para o público​, é claro!

IMG_0080

SETLIST:

The Wolves Die Young
Losing My Insanity
My Land
Replica
Cloud Factory
Black Sheep
Letter to Dana
Paid in Full
I Have a Right
X Marks the Spot
Tallulah
FullMoon
Kingdom for a Heart
San Sebastian

Blood
8th Commandment
Don’t Say a Word

ORGANIZAÇÃO – PONTO POSITIVO:

A organização está de parabéns pela pontualidade e pelos equipamentos de luz e som.

Outro ponto legal foi a iniciativa de colocar uma banda local para abrir o show (apesar de diferir um pouco do tipo de música da banda principal).

ORGANIZAÇÃO – PONTO NEGATIVO:

Quem comprou o setor mais caro da noite (camarote) viu o show de uma altura privilegiada, contudo não havia bares e a distância do palco provavelmente fez com que alguns (imagino que todos) invejassem a galera do Front, que ficou há pouquíssimos metros dos seus ídolos.