Cristal solar

Conservei tuas promessas no  meu coração para não pecar contra ti.

Sl 119,11

[Bíblia de Jerusalém. Nova edição, revista e ampliada. 4ª. reimpressão. São Paulo: Paulus, 2006.]

Conforme Dom Cristiano sugerira, fui à Livraria Paulus e adquiri o livro por ele indicado, um alentado volume de 1821 páginas. Depois do almoço, deitei um pouco e, ao levantar, me dediquei ao trabalho com a Mandala da Vida, conforme ele me recomendara no dia 28 de outubro. Primeiro tentei posicionar o cristal solar adquirido para incrustar no centro do círculo menor. Acho que vai dar algum trabalho, pois é uma peça muito pesada e, por ser de cristal, corre o risco de quebrar se não for bem afixada, mas acho que já tenho uma ideia de como solucionar a situação.

Depois, dei início à divisão dos quadrantes. Dividi-a em  8 grandes quadrantes, cada um, por sua vez, dividido em dois quadrantes menores, perfazendo um total de 16. Quanto ao que será inserido no interior de cada uma das 16 divisões, falarei depois, a medida em que o desenho for sendo estruturado.

Por volta das dezesseis horas dei por encerrado o trabalho por hoje. Tinha acabado de repor a Mandala na parede quando um suave tilintar de sino anunciou sua chegada. Foi uma alegria sentir sua presença. Sua voz logo se fez ouvir: “Vejo que cumpriste o que te

Posicionando o cristal solar no centro da Mandala da Vida

 sugeri: tanto compraste o livro quanto deste prosseguimento ao desenho da Mandala da Vida. Fico feliz com a confiança que tens creditado às minhas palavras. Sei que esta não foi uma tarde fácil, entretanto, foste agraciado com uma maravilhosa confirmação quando as dúvidas ameaçaram te dominar. Sugiro que inicies a leitura da obra hoje adquirida. O lado mais emocionante e surpreendente da tua iniciação apenas começou. Por hoje já te disse tudo o que tinha para dizer. Até breve e fica com Deus”.

De fato, Dom Cristiano tinha razão. Houve um momento em que fui acometido por várias dúvidas, quase interrompendo o trabalho com a Mandala. Precisei resistir, para dar prosseguimento. Mas, de repente, aconteceu um fato tão maravilhoso quanto revelador, muito mais do que eu pudesse querer naquele momento. Às vezes nos acontecem sincronicidades tão surpreendentes, que se a gente contar a maioria das pessoas vai pensar que foi invenção, coisa da imaginação. Foi assim que aconteceu comigo hoje, quando a dúvida em relação à opus me tomou por inteiro, quase me deixando paralisado. Em virtude do fato sincrônico, porém, ela foi totalmente aniquilada e uma grande clareza e determinação me invadiram. Naquele momento, me senti impelido a abrir um determinado livro para reler um trecho que já havia lido durante a manhã, sobre o qual refletira na ocasião. Revi a frase, perfeita para a ocasião:

Vivemos na esperança, e esta se torna certeza em razão do que cremos.

About the Author

Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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