Esse era o único dia do ano em que o sumo sacerdote podia entrar no Devir, representando os fiéis. Ao sair, ele levava para o povo a grande santidade do recinto sagrado. O autor compara a aura que o envolvia ao sol que reluzia na cúpula dourada do Templo, a um arco-íris em meio a nuvens brilhantes, a uma oliveira carregada de frutos e a um cipreste elevando-se para os céus. A realidade se enaltecia e se fazia sentir com maior intensidade: o sagrado revelava todo o seu potencial.

Karen Armstrong

[Armstrong, Karen. Jerusalém:  uma cidade, três religiões. Tradução Hildegard Feist. – São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 145.]

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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