Termo grego com o qual, no Novo Testamento, indica-se a transformação da própria identidade pessoal depois de uma experiência que transforma os valores até então adotados pelo indivíduo.
Jung retoma o termo para indicar o fenômeno de crise psicológica através do qual sucede a inversão radical de todos os valores sobre os quais está ordinariamente fundamentada a existência de um homem. A ilustração clássica da metanoia dá-se por ocasião da análise do limiar que liga e distingue a primeira e a segunda metade da vida: nessa fase de passagem pôr-se-iam na sombra todos os valores sobre os quais o indivíduo está fundamentado, e contemporaneamente pôr-se-iam em luz outros valores que estão em oposição com aqueles.
Paolo Francesco Pieri
[Pieri, Paolo Francesco. Dicionário junguiano. Tradução de Ivo Storniolo. – São Paulo: Paulus, 2002, Verbete: Metanoia, p. 323. – (Dicionários)]
A questão da metanoia vem me ocupando há muito tempo. Na verdade, desde que comecei a estudar Jung, esse foi um dos conceitos que mais me interessou. Nos últimos anos, porém, passei a me dedicar ao seu estudo com mais intensidade, uma vez que, devido à idade em que me encontro, ele diz respeito também à minha história de vida e ao momento que estou vivendo.
Estou absolutamente de acordo com Jung quando postula que a vida tende para um fim, noutras palavras, a vida tem um sentido. Esse sentido, na perspectiva de Jung, fica mais claro na segunda metade da vida. O seu limiar geralmente é anunciado por uma série de inquietações e questionamentos que acometem o indivíduo mais ou menos por volta dos quarenta anos.
De fato, a conclusão a que cheguei foi que este processo tem início precisamente entre os 38 e os 40 anos. Isso ficou muito claro para mim depois da leitura de diversas biografias nas quais é relatada essa fase crítica, sempre vivida como crise existencial. Dois exemplos que eu poderia citar aqui são Dante Alighieri e Santa Teresa d´Ávila.
Ambos tiveram que enfrentar, nessa fase, uma grande crise existencial. No caso de Dante, o sentido para sua crise se consolidou através da redação da sua monumental obra, a Divina Comédia. No caso de Santa Teresa d´Ávila, superada a crise, sua vida ganharia um impulso nunca antes experimentado, momento a partir do qual ele se tornaria uma das maiores fundadoras da Igreja, fundando dezessete conventos e, paralelamente, fazendo também vir a lume uma obra monumental, iniciada exatamente pela redação do Livro da Vida, em que narra a grande crise por ela atravessada.
A travessia, me parece – pois esse momento é uma travessia -, ocorreria entre os 38 e os 50 anos, sendo que algumas pessoas conseguem superá-la em menos tempo. Algumas aos 45 anos já consolidaram a travessia, com a consequente superação da crise, quando, então, tem início uma nova e em geral excitante fase da vida.
O fundamental para quem está atravessando essa fase é ter paciência e não se desesperar, procurando aproveitar a grande oportunidade que lhe está sendo oferecida de seguir um novo rumo, uma nova e emocionante trajetória plena de sentido e pródiga em possibilidades.
SEM DÚVIDA VASCO TODOS VIVEMOS ESSA FASE. PASSO POR ELA E AGUARDO ANSIOSAMENTE MEU CRESCIMENTO PESSOAL E ESPIRITUAL.
Bom dia!!!
Vasco,
Há alguns anos, mais ou menos dois, estou nessa fase da vida. As fases da vida são tão inquietantes e estupendamente independentes. Parece que tem vida própria!!! Estão muito longe do que nosso consciente possa compreender ou dominar!!!! Surgem como a erupção de um vulcão. Assim, vemos na infância, na adolescência e agora nessa fase do “meio vida”.
Sutilmente passei a questionar meus planos, meus gostos, minhas escolhas, meu trabalho, minha casa, meus relacionamentos, minha cidade, meus objetos, enfim, tudo. Nada ficou de fora. Entrementes, por desconhecimento, pensei estar deprimida, estar sendo ingrata, reclamona… Porém, a verdade nos liberta!!! Na verdade, estou em metamorfose… não me agrada mais minha aparência e vida de lagarta. Quero asas. quero voar. Não sei o que quero!! É impressionante!!!!
Oi, Nádia,
A julgar pelo que você relatou, o que você está vivenciando é a grande transformação por que todos nós, queiramos ou não, teremos que passar nessa fase. Você usou uma expressão maravilhosa, perfeita: “Estou em metamorfose”. De fato, é essa a palavra: metamorfose. Agarre-a, pois, e viva intensamente esse sofrido, porém belo momento de transformação. Permita-se deixar que as asas brotem para que você alçar novos vôos.
Grande abraço e grato por ter lido meu texto e postado o comentário.
Oi, Nádia,
A julgar pelo que você relatou, o que você está vivenciando é a grande transformação por que todos nós, queiramos ou não, teremos que passar nessa fase. Você usou uma expressão maravilhosa, perfeita: “Estou em metamorfose”. De fato, é essa a palavra: metamorfose. Agarre-a, pois, e viva intensamente esse sofrido, porém belo momento de transformação. Permita-se deixar que as asas brotem para que você alçar novos vôos.
Grande abraço e grato por ter lido meu texto e postado o comentário.
Oi, Nádia,
A julgar pelo que você relatou, o que você está vivenciando é a grande transformação por que todos nós, queiramos ou não, teremos que passar nessa fase. Você usou uma expressão maravilhosa, perfeita: “Estou em metamorfose”. De fato, é essa a palavra: metamorfose. Agarre-a, pois, e viva intensamente esse sofrido, porém belo momento de transformação. Permita-se deixar que as asas brotem para que você alçar novos vôos.
Grande abraço e grato por ter lido meu texto e postado o comentário.
Oi, Nádia,
A julgar pelo que você relatou, o que você está vivenciando é a grande transformação por que todos nós, queiramos ou não, teremos que passar nessa fase. Você usou uma expressão maravilhosa, perfeita: “Estou em metamorfose”. De fato, é essa a palavra: metamorfose. Agarre-a, pois, e viva intensamente esse sofrido, porém belo momento de transformação. Permita-se deixar que as asas brotem para que você alçar novos vôos.
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