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Vasco Arruda

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Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

Vasco Arruda

Alegra-se a santa mãe Igreja, porque, por singular dom da Providência divina, amanheceu o dia tão ansiosamente esperado em que solenemente se inaugura o Concílio Ecumênico Vaticano II, aqui, junto do túmulo de São Pedro, com a proteção da Santíssima Virgem, de quem celebramos hoje a dignidade de Mãe de Deus.
Para João XXIII
[11 de outubro de 1962: Discurso do Papa João XXIII na abertura solene do Concílio. Em: Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) / [organização geral Lourenço Costa; tradução Tipografia Poliglota Vaticana]. – São Paulo: Paulus, 1997. – (Documentos da Igreja), p. 21.]

Vasco Arruda

Aprendi a acreditar mais no sobrenatural do que no natural. Tudo que aí vemos é milagre. Pássaros. Luz. Mar. Estrelas. Gente. Amor. Aprendi que não crer em Deus é ser pretensioso. Aprendi, enfim, que a coisa mais importante não é vencer na vida. Não é realizar-se. O homem deve viver realizando-se caminhando para o Deus Pai, seguindo o Cristo, sob as bênçãos do Espírito Santo, com a ajuda de Maria e dos Eleitos, de mãos dadas com os irmãos.
Jesus Costa Lima
[Discurso de despedida do Juiz Federal Jesus Costa Lima, na Sessão do dia 26.07.1974, ao deixar o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará para assumir a 3ª Vara Federal de Brasília. Posteriormente, o Magistrado se tornaria Ministro do Superior Tribunal de Justiça.]

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Vasco Arruda

Jesus não só nos ensina a verdade, mas nos ajuda a aceitá-la. Todo mestre tem esse dever, mas só pode cumpri-lo exteriormente, procurando desembaraçar de erros a mente do aluno e apresentar-lhe a verdade de modo fácil e convincente. Jesus faz muito mais! Seu modo de agir é muito mais íntimo e profundo: é o único Mestre capaz de agir diretamente no espírito dos discípulos, na sua mente e vontade.
Jesus move interiormente o homem para aceitar seus ensinamentos e pô-los em prática. As verdades que ensina são mistérios divinos que superam a capacidade do intelecto humano. Para poder o homem admiti-los, precisa de nova luz, a luz sobrenatural da fé. Dom de Jesus e a fé, fruto de sua obra redentora: é ele “o autor e consumador da fé” (Hb 12,1), e assim como a mereceu, assim a infunde nos fiéis. Enquanto revela ao mundo as verdades eternas, infunde Jesus nos homens esta luz divina e a aumenta neles até dotá-los de ciência profunda, misteriosa, que dá a intuição, o sentido das realidades divinas.
De modo análogo, Cristo age na vontade do homem, infundindo nele a caridade sobrenatural, por meio da qual inclina-o a amar seu Salvador, a pôr em prática sua doutrina, a amar o Pai celeste e todos os irmãos. Enquanto instrui, acende Jesus nos fiéis o fogo do amor divino, exatamente como experimentaram os discípulos de Emaús, que diziam um ao outro: “Não nos ardia o coração no peito quando nos falava pelo caminho, enquanto nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32).
Gabriel de Santa Maria Madalena, O.C.D.
[Gabriel de Sta. Mª Madalena, O.C.D. Intimidade Divina. – 5ª. ed. – Revisão: Silvana Cobucci e Paulo César de Oliveira. São Paulo: Loyola, 2010, p. 475.]

Vasco Arruda

Grande conforto é encontrar ao longo do caminho espiritual – muitas vezes penoso e cheio de dificuldades – a suave figura da mãe. Junto dela tudo se torna mais fácil! O coração desanimado e cansado, agitado pelas tempestades encontra nova força, nova esperança e retoma com novo vigor a estrada.
[…]
A Bem-Aventurada Virgem, “invocada na Igreja com os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira” (LG 62), vem ao nosso encontro para nos conduzir ao Filho, para nos facilitar o caminho da santidade, introduzindo-nos no segredo da própria vida interior e tornar-se assim, depois de Jesus e subordinadamente a ele, o caminho, o modelo e a norma de nossa vida.
Gabriel de Santa Maria Madalena, O.C.D.
[Gabriel de Sta. Mª Madalena, O.C.D. Intimidade Divina. – 5ª. ed. – Revisão: Silvana Cobucci e Paulo César de Oliveira. São Paulo: Loyola, 2010, p. 359.]

Vasco Arruda

Daqui por diante, é um novo livro, isto é, uma vida nova. A que levei até aqui era minha; a que passei a viver depois que comecei a falar dessas coisas de oração é a que Deus vive em mim. Porque entendo que era impossível sair por mim mesma em tão pouco tempo de costumes e ações tão maus. Louvado seja o Senhor, que me livrou de mim mesma.
Santa Teresa d`Ávila
[Livro da Vida, Cap. 23, p. 149. Em: Teresa de Jesus. Obras Completas. Texto estabelecido por Fr. Tomas Alvarez, O.C.D. Direção Pe. Gabriel C. Galache, SJ. Tradução de Adail Ubirajara Sobral e outros. – São Paulo: Edições Carmelitanas: Edições Loyola, 1995.]

Vasco Arruda

Sentindo Francisco, o servo de Cristo, que de corpo estava distante do Senhor (cf. 2Cor 5,6), como já se tornara exteriormente todo insensível aos desejos terrenos pela caridade de Cristo (cf. 2Cor 5,14), para não ficar sem a consolação do Amado, rezando sem interrupção (cf. 1Ts 5,17), empenhava-se por manter o espírito na presença de Deus. Na verdade, a oração era um conforto para aquele que contemplava, enquanto – tendo-se tornado já concidadão dos anjos no circuito das mansões do alto – com fervoroso desejo procurava o Amado (Ct 3,1-2), de quem apenas a parede da carne o separava. {A oração] era também uma proteção para aquele que agia, enquanto em tudo o que fazia – desconfiando de sua própria capacidade e confiando na piedade do alto – pela perseverança nela lançava todo seu pensamento (cf. Sl 54,23) no Senhor. – Asseverava com firmeza que a graça da oração deve ser desejada pelo homem religioso acima de todas as coisas e, crendo que ninguém sem ela prospera no serviço de Deus, com todos os modos possíveis, estimulava seus irmãos ao empenho dela. Pois, andando e sentando-se, dentro e fora [de casa], trabalhando e descansando, estava voltado para a oração, de modo que parecia ter-lhe dedicado não só o que nele havia de coração e de corpo, mas também de ação e de tempo.
São Boaventura
[São Boaventura. Legenda maior de São Francisco. Fontes Franciscanas e Clarianas. Apresentação Sergio M. Dal Moro; tradução Celso Márcio Teixeira… [et. al.]. 2ª. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2008,p. 615.]

Vasco Arruda

Procura fazer aquilo que não sabes e dize: eu quero viver espiritualmente, quero tornar-me um só com Deus, quero que a minha conversa esteja no céu, quero ter Deus sempre no coração… Todo verdadeiro, todo simples, todo sincero, preparei o meu coração para Deus, o qual, por sua graça, nele habite (habite estavelmente), e dele faça o seu templo.
Santo Antônio Maria Zacarias
[Santo Antônio Maria Zacarias. Escritos. Citado em: Sgarbossa, Mario. Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente: com uma antologia de escritos espirituais. Tradução Armando Braio Ara. – São Paulo: Paulinas, 2003, p. 530.]

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Vasco Arruda

Ó Verbo! Ó Jesus! Quão belo sois! Quão grande! Quem chegará a conhecer-vos? Quem poderá compreender-vos? Ah! Fazei-me, ó Jesus, conhecer-vos a amar-vos.
Vós que sois a luz, enviai um vosso raio sobre minha pobre alma, a fim de que possa ver e compreender! Deixai-me pôr em vós o olhar, ó Beleza infinita! Velai um pouco os esplendores de vossa glória, a fim de que possa eu contemplar e ver vossas perfeições divinas.
Abri-me os ouvidos! Quem me dera ouvir vossa voz e meditar vossos divinos ensinamentos! Abri-me também o espírito e a inteligência, a fim de que vossa palavra chegue até meu coração, experimente-a e a compreenda.
Suscitai em mim grande fé em vós, a fim de que cada palavra vossa seja luz que me esclareça, a vós me atraia, e me leve a seguir-vos em todos os caminhos da justiça e da verdade.
Ó Jesus, ó Verbo, sois meu Senhor, meu único Mestre, falai! Quero ouvir-vos e pôr em prática vossa palavra. Vossa palavra quero ouvir, porque sei que vem do céu. Quero ouvi-la, meditá-la, praticá-la, porque em vossa palavra há vida, alegria, paz e felicidade.
Falai! Sois meu Senhor e Mestre, só a vós quero escutar.
A. Chevrier
[A. Chevrier. O verdadeiro discípulo, p. XVIII. Citado em: Gabriel de Sta. Mª Madalena, O.C.D. Intimidade Divina. – 5ª. ed. – Revisão: Silvana Cobucci e Paulo César de Oliveira. São Paulo: Loyola, 2010, p. 460.]