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Vasco Arruda

677 Articles

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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Vasco Arruda

A visitação de Maria é uma visita de amizade e serviço. Encontro cheio de mistério e da alegria de Deus. Porque – e a vida de Maria nos ensina a cada instante – os grandes mistérios de Deus se realizam através da banalidade quotidiana de toda a vida humana. Porque Maria leva em seu corpo Jesus (que ela concebeu em seu coração e em seu corpo), a visita que ela faz a sua prima toma um novo sentido. A alegria que a inunda é a alegria dos tempos messiânicos, essa alegria na qual os cristãos celebrarão mais tarde o festim eucarístico, a alegria que encherá a terra por ocasião da segunda vinda de Cristo.
Irmão Marie Leblanc
[Irmão Marie Leblanc. O dia-a-dia de Maria. Tradução de José Joaquim Sobral. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2005, p. 31. (Série Virgem Maria; 7)]

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Vasco Arruda

Sofre alguém dentre vós um contratempo? Recorra à oração. Está alguém alegre? Cante. Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados. Confessai, pois, uns aos outros, vossos pecados e orai uns pelos outros, para que sejais curados.
Epístola de São Tiago 5,13-16a
[Bíblia de Jerusalém. Gorgulho, Gilberto da Silva; Storniolo, Ivo; Anderson, Ana Flora (Coord.). Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais. 4ª reimpressão. São Paulo: Paulus, 2006, p. 2112]

Vasco Arruda

Agostinho foi professor de retórica; é dotado de sutil intuição psicológica, de um poderoso fascínio e de uma excepcional capacidade de domínio de si e do público; de uma cultura teológica vasta e profunda; tem um zelo pastoral altíssimo e íntima familiaridade com seu público. Dados esses pressupostos, compreende-se que para o maduro Agostinho é suficiente como preparação a oração e um pouco de reflexão antes da pregação. (…) A pregação frequente (como bispo prega uma vez por dia e, às vezes, ainda mais), seu temperamento nervoso e sua inteligência exuberante mal o predisporiam a uma preparação prolongada de seus sermões. A impressão que nos causa a leitura de seus discursos é exatamente a que expressamos acima; acrescente-se a isso que a relação constante e íntima com o mestre interior é fonte inexaurível de pregação, tanto mais que Agostinho frequentemente muda seus discursos em oração dirigida a Deus.
Ottorino Pasquato
[Pasquato, Ottorino. Verbete: Santo Agostinho. Em: Sodi, Manlio e Triacca, Achille M. (orgs.) com a colaboração de 195 peritos. Dicionário de Homilética. Apresentação de S. Emª. o Cardeal Silvano Piovanelli, Arcebispo de Florença; prefácio de Sergio Zavoli, Jornalista e escritor; tradução Orlando Soares Moreira e Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Paulus: Loyola, 2010, p. 24.]

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Vasco Arruda

Se alguém dentre vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem recriminações, e ela ser-lhe-á dada, contanto que peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante às ondas do mar, impelidas e agitadas pelo vento. Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor, dúbio e inconstante como é em tudo o que faz.
Epístola de São Tiago, 1,5-8
[Bíblia de Jerusalém. Gorgulho, Gilberto da Silva; Storniolo, Ivo; Anderson, Ana Flora (Coord.). Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais. 4ª reimpressão. São Paulo: Paulus, 2006, p. 2107.]

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Vasco Arruda

Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis por que encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que reduzindo-as a estas palavras: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar: “Esta é toda a lei e os profetas”.
Por estas palavras: “O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a Terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas suas consequências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.
Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus; ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdade que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidos. Falou de tudo, mas em ternos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas ideias. Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.
Allan Kardec
[Kardec, Allan. O Evangelho segundo o espiritismo. São Paulo: Editora Três, 1973, p. 63. (Biblioteca Planeta; 3)]

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Vasco Arruda

Em Deus se mira e para sempre se mirará… Ele é o primeiro a olhá-la, como pai que se encontra em seu filho. Filha de Deus, Maria é seu reflexo, sua imagem, seu espelho. Se ela não é a Palavra, é entretanto uma palavra de Deus, a fim de testemunhar a Palavra. Como o Filho faz ver o Pai, a filha irradia o Filho. Do Pai ao Filho e do Filho a Maria há um jogo idêntico de espelhos. A complacência do Pai é toda inteira por seu Filho (cf. Mateus 3,17 e 17,5). Mas a do filho, ela se derrama sobre Maria antes de transbordar sobre todos os homens. Maria, a Bendita entre todos, é o primeiro espelho de Cristo, imagem da Imagem, verdade primeira sendo o fruto da verdade, de seu filho que é a verdade em si, absoluta, divina.
Pe. Jean-Marie Burucoa
[Burucoa, Pe. Jean-Marie. Espelhar-se em Maria. Tradução de Alexandre Alves de Almeida. – São Paulo: Editora Ave-Maria, 2005, p. 49. – (Série Virgem Maria; 6)]