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31. O Livro dos livros

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Vasco Arruda

Mas o que é que faz a Bíblia ser o que ela é? O fato de, tanto quanto essa presença humana, sentirmos a manifestação, aqui e ali, de um sopro que é o que, à falta de melhor termo, chamamos de inspiração (etimologicamente, “a entrada do ar nos pulmões”). O narrador bíblico está lá – uns com mais talento que outros – cumprindo a sua vocação; e, de repente, é como se o chão lhe fugisse debaixo dos pés e ele começasse a voar.
[Horta, Luiz Paulo. A Bíblia: um diário de leitura. – Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p. 12.]

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Vasco Arruda

A Bíblia é indispensável no discipulado pessoal de cada membro da igreja e no ministério de pregação do pastor. A fim de exercerem seu papel, contudo, as Escrituras precisam ser compreendidas, daí a importância do Comentário bíblico africano. Nos últimos tempos, a igreja na África tem testemunhado o avanço de estudos bíblicos sérios no âmbito acadêmico. Trata-se de um ressurgimento auspicioso no continente que no passado nos deu intérpretes como Agostinho e Atanásio. O Comentário bíblico africano é um marco editorial e desejo parabenizar os colaboradores e editores pela elaboração de um comentário fundamentado nas Escrituras, que as interpreta do ponto de vista africano e aborda questões controversas de modo equilibrado. Tenho a intenção de usá-lo para obter maior entendimento da Palavra de Deus sob a ótica africana. Aliás, espero que conquiste leitores do mundo inteiro para que possamos compreender melhor as dimensões plenas do amor de Cristo (Ef 3:18).
Dr. John Stott
[Prefácio, p. vii. Em: Adeyemo, Tokunboh (editor geral). Comentário bíblico africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.]

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Vasco Arruda

A crítica literária, por muito tempo tida como periférica ou mesmo irrelevante aos estudos bíblicos, emergiu desde meados da década de 1970 como um novo foco importante de estudos bíblicos acadêmicos na América do Norte, Inglaterra e Israel, e tem mostrado alguns sinais notáveis na Europa. É natural, portanto, que nosso empreendimento deva ser internacional. Nosso colaboradores vêm de cátedras de ensino (com duas exceções, de universidades seculares) nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Israel, Itália e Holanda. Alguns estão envolvidos, pela fé, com os textos que estudam, ao passo que outros se veriam essencialmente como críticos seculares. Mas falam uma linguagem crítica comum, pois as diferenças entre eles derivam muito mais da sensibilidade individual e da preferência intelectual, do que de antecedentes religiosos. Em muitos casos, procuramos recrutar escritores que já tivessem dado alguma contribuição notável a este campo de pesquisa, mas não hesitamos em recorrer também a vários estudiosos mais jovens cujo trabalho inicial nos pareceu bastante promissor. O volume, então, é um ponto de encontro não apenas de nacionalidades e credos, mas também de gerações acadêmicas. A variedade de perspectivas resultante, juntamente com a unidade de propósito geral proporcionam um panorama vívido de mais de mil anos de atividade literária diversa representada na Bíblia.
Robert Alter e Frank Kermode
[Alter, Robert e Kermode, Frank (Organizadores). Guia Literário da Bíblia. Tradução Raul Fiker; revisão de tradução Gilson César Cardoso de Souza. – São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997, p. 16. – (Prismas)]