Somente foi dado compreender àquele que pôde experimentar. Na verdade, ainda que em certo sentido as experimentássemos entre nós, de maneira alguma nossas palavras, maculadas pelas coisas cotidianas e sem valor, estariam em condições de exprimir tantas maravilhas. E talvez o mistério teve que se manifestar na carne, porque não teria podido ser explicado em palavras (cf. Ecl 1,8). – Fale, portanto, o silêncio onde falta a palavra (cf. Sir 43,29), porque também uma coisa significada clama onde falta o sinal. (…) Será veraz e digno de fé quem tiver por testemunhas a natureza, a lei e a graça (cf. Jo 1,17).
Frei Tomás de Celano
[Fontes Franciscanas e Clarianas. Apresentação Sergio M. Dal Moro; tradução Celso Márcio Teixeira… [et. al.]. 2ª. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. Frei Tomás de Celano, Segunda Vida de São Francisco , Cap. CLIV: A devoção à cruz; e um segredo oculto, p. 427.]
silêncio
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O discernimento espiritual é a chave de toda a oração. Assim o assinalou energicamente Inácio de Loyola; assim o destacaram depois muitos crentes. O discernimento continua sendo experiência pessoal, no sentido mais profundo deste termo: cada um deve excutar a voz de Deus e realizá-la, correspondendo a ela de maneira criativa.
Xavier Pikaza
[Pikaza, Xavier. Verbete: Oração. Em: Dicionário de Conceitos Fundamentais do Cristianismo. Dirigido por Casiano Floristán Samanes e Juan-José Tamayo-Acosta. Tradução Isabel Fontes Leal Ferreira e Ivone de Jesus Barreto. – São Paulo: Paulus, 1999, p. 545. – (Coleção dicionários).]