A entrevista poderia ter rendido mais

Ainda não sei direito como consegui assitir a boa parte da entrevista de Hebe com  a presidente Dilma, na noite de ontem, dia 15, na estreia da, dita, rainha da televisão brasileira. Talvez por na mesma ocasião ficar Tuitando com alguns amigos ou pela pretensão de escrever algo sobre a conversa de comadres.

Desculpem-me os amantes da televisão e da monarquia que arranjam um rei para tudo, no caso, uma rainha, mas sua majestade Hebe não sustenta uma conversa interessante – leia-se com bom conteúdo – com uma entrevistada em potencial para fornecer isso como a presidente da república.  Volta e meia o assunto cai nas banalidades. A “chiqueza” das roupas não coadunam com a lógica da entrevista, ao meu ver, fraquíssima.

Como meu blog contempla a reflexão do cotidiano à luz dos princípios e valores cristãos o assunto aborado pelas comadres Hebe  Carmago e Presidente Dilma não poderia ficar de fora. Ambas se disseram devotas de Nossa Senhora Aparecida, a senhora loira acrescentou também o incondicional amor à Virgem de Fátima. Mal falara isso, Hebe descobre um amuleto no braço da presidente. “É um olho daquele dos orixás”, explica a autoridade máxima do país. Hebe acha lindo e ambas caem na risada.

Para elas tudo é igual, o olho do orixá ou a imagem da Virgem Aparecida, a oração à santa ou o pedido ao caboclo, tudo é registrado como fé e correto e uma multidão de telespectadores assistem a mais uma lição de desconhecimento religioso.

Aos católicos menos avisados alertamos, não é possível ser católico e frequentar um terreiro de Ubanda. São duas realidades antagônicas. Não se pode rezar para a Virgem Maria e para Iemanjá, são duas personalidades distintas. Orixá e Santo são tão diferentes quanto água e óleo.

Não pensem que classifiquei a entrevista de Hebe fraca por esta confusão religiosa. Não! Acho que a própria presidente achou isso, embora nunca poderá revelar a possível chatice de uma entrevistadora que abusa do “que lindo”, “que bonitinho”, “que lindo”, “que bonitinho”…Ah! “que gracinha”.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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