Padre Gabriel Vila Verde é um ardoroso devoto e propagador da Medalha Milagrosa. O religioso que  está pesquisando para escrever um  livro sobre o sacramental esclareceu em suas redes sociais a polêmica sobre ‘a falsa Medalha Milagrosa’, que de tempos em tempos voltam em algumas páginas católicas.

Medalha Milagrosa falsa? Padre esclarece polêmica.

“Cheguei à conclusão de que aquilo que chamam de Medalha falsa, é apenas mais um mito da Internet”, sentencia o padre.

O sacerdote adverte: “Alguém supôs, divulgou e caiu na graça do povo. Porém, eu aconselho que todos deem prioridade ao uso da Medalha como é conhecida atualmente, para evitar confusão e também para manter a tradição”. E, esclarece, “A medalha tem que ter a imagem da Virgem com a Jaculatória em redor, e no verso a cruz com o M, rodeado de estrelas e com os dois corações de Jesus e Maria. Tendo esses detalhes, podem saber que é a medalha verdadeira, como Nossa Senhora pediu. Assim é a que eu uso, como se fabrica em Paris, na Rue do Bac 140″, conta.

A medalha deveria ser com a Virgem segurando o globo, mas faltou técnica ao ourives.

No esclarecimento, Padre Gabriel informa que a Medalha sofreu alteração ao longo dos anos. A  original seria com a imagem  de Nossa Senhora segurando o globo, contudo, não foi possível sua fabricação por falta de destreza do ourives. Foi quando o padre responsável decidiu por fazê-la com os braços abertos.

“Quando Santa Catarina viu o primeiro modelo, ao invés de reclamar, ficou satisfeita e disse que Nossa Senhora abençoou assim mesmo”, relata o sacerdote. Uma das primeira medalhadas fabricadas, guardadas como relíquia na Rue do Bac , traz no verso um M com uma cruz e dois corações abaixo circundados pelas 12 estrelas; outro modelo da época traz o M com um traço abaixo e o nome do fabricante. ‘vachete’.

Santuário da Medalha Milagrosa, em Paris.

Já um modelo de 1880, em comemoração aos 50 anos da devoção, a jaculatória foi dividida em suas frases. O padre ainda descobriu em sua pesquisa um modelo especial feito para a “Associação das Crianças de Maria”, tendo detalhes diferentes na Cruz e no M e a inscrição com as siglas ‘S.V.P’. Em outro modelo do século XVIII os raios não saem apenas das mãos da Virgem, mas de toda a imagem, além de aparecerem algumas nuvens aos seus pés.

Para o padre, a “tal medalha falsa não tem fundamento”. 

 

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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