Essas 4 palavras são extremamente parecidas mas tem significados bem diferentes e representam contextos bem diferentes também.
Farei uma breve explanação didática para que você compreenda bem a diferença entre esses 4 comportamentos e busque cada vez mais cultivar e praticar a EMPATIA, o mais nobre dentre eles.
O que me inspirou a escrever esse texto foram as palavras do psicólogo Vitor Antenore Rossi, que com muita simplicidade e didatismo explicou em uma vídeo aula esses conceitos. O exemplo que ele utilizou foi brilhante. Vamos a ele…
Digamos que num determinado dia houve um acidente com um motoqueiro e ele ficou ensanguentado e imobilizado no chão. Como seria os 4 comportamentos?
Antipatia
Seria uma pessoa que passaria no local do acidente, veria que o trânsito ficou congestionado por causa dele e olharia para o seu relógio com raiva porque vai se atrasar no seu compromisso.
Ele ou ela xingaria, gritaria e buzinaria para quem estivesse perto do local do acidente. Chamaria o acidentado por nomes feios e continuaria seu caminho bufando de raiva.
Ou seja, os antipáticos são em sua maioria pessoas EGOÍSTAS e EGOCÊNTRICAS, que não conseguem de forma alguma olhar para o outro e se possível ainda tenta prejudicá-lo…
Apatia
Esse é o comportamento clássico das pessoas que são INDIFERENTES, o que considero um sentimento terrível e gosto sempre de complementar que indiferença é o oposto do amor, e não o ódio como muitos pensam, o que abordei com mais detalhes neste texto [aqui].
O apático seria aquela pessoa que ficaria inerte ao acidente e pensaria assim:
– Como é que eu faço para pegar outra rota já que essa está congestionada?
Perguntaria a alguém sobre outro caminho e seguiria impassível ao que ocorreu.
Infelizmente dentro desse grupo existem muitas pessoas com transtornos psiquiátricos e por conta deles tem um comportamento frio na maioria das vezes.
Apesar de tudo, ser apático é menos prejudicial do que ser antipático, já que a pessoa fica isolada no seu mundo, sem causar nada nos outros…
Simpatia
Esse já é um comportamento bem melhor, pois quem tem simpatia sabe olhar para a necessidade do outro, porém, existe um detalhe importantíssimo, ela o faz com certo DISTANCIAMENTO. É tipo: “Eu cá, você lá”.
Não há tanta troca, não há tanta conversa. Você sabe o que a outra pessoa precisa, tenta fazer algo de positivo em prol dela, mas não passa muito disso. Os afetos ficam totalmente de fora!
Uma pessoa simpática nessa hora pensaria:
– Caramba, esse cara precisa de ajuda. Vou parar meu carro e ligar para o SAMU.
O SAMU atende, ele diz qual o endereço do ocorrido e segue viagem. Enfim, ele pode ajudar, mas à distância, o que pode ser considerado positivo.
Empatia
Essa é a mais nobre das atitudes. Uma pessoa empática é aquela que sente a dor do outro como se fosse nela própria e faz de tudo para conseguir ajudar, para conseguir resolver o que quer que seja e que esteja ao seu alcance.
Ela imediatamente colocaria placas ou sinalizadores para que ninguém com seus carros passe por cima do motoqueiro, liga para o SAMU, tenta ajudar dando palavras de conforto e segurança para ele e não sai de lá enquanto o motoqueiro não é levado com segurança para o hospital. Se duvidar ainda pede o telefone do rapaz para perguntar se ele ficou bem.
Percebe como é bem diferente?
Vivemos numa sociedade onde o número de pessoas empáticas verdadeiramente é muito reduzido. Existem muitos simpáticos, um número bem maior de apáticos e talvez os antipáticos sejam a minoria.
Psicologicamente falando, existe uma espécie de grau de elevação de consciência dessa maneira:
Antipatia < Apatia < Simpatia < Empatia
A empatia está no topo, enquanto a antipatia está na pior postura.
Quero deixar você que me lê bastante ciente de que todos nós, absolutamente todos nós, já nos comportamos das 4 maneiras. O que acontece é que aqueles que buscam se aperfeiçoar, melhorar o jeito de ser, vencer os conflitos internos, se aprofundar na espiritualidade etc. pouco a pouco vão se tornando empáticos.
É um exercício diário e bem difícil, mas extremamente recompensador, tanto para o empático, como para aqueles a quem ele ajuda.
Existem livros e livros falando sobre como desenvolver em nós a empatia, é um assunto vastíssimo e interessantíssimo, mas para os leitores de primeira viagem o livro que mais sugiro se chama “Inteligência emocional”, do Daniel Goleman. Um best seller que é considerado uma leitura obrigatória entre os estudantes de Psicologia.
Esse livro aborda a empatia com muita profundidade e didatismo. Recomendo fortemente a sua leitura!
Que você busque cada vez mais nutrir esse comportamento nobre e que está tão carente no mundo atual onde as pessoas tem se voltado cada vez mais para si mesmas e olham somente para o seu umbigo. Seja mais empático e procure ajudar os outros na medida do possível, utilizando suas qualidades e seus dons para promover o bem do maior número de seres…