O balão gástrico não é algo novo, só que no final de 2016 e começo deste ano aumentou e muito a procura por este tipo de método de emagrecimento. Uma das razões é que o procedimento é considerado simples, realizado com sedação do paciente semelhante à de uma endoscopia, e temporário, bem diferente da cirurgia bariátrica, um método definitivo.
“O paciente acorda depois de cerca de 15min já com o balão intragástrico”, com a sensação de quem comeu muito, estômago cheio, explica o médico endoscopista bariátrico João Paulo (CRM 9886 / RQE 5962), da Première Medicina e Saúde, que viu a procura pelo método “explodir”, a partir do mês de novembro passado.
NOVO ESTILO DE VIDA
O balão fica dentro do estômago por seis meses. Tempo suficiente para que o paciente faça uma reeducação alimentar e mude os hábitos de vida. “Depois dos seis meses, realizamos um novo procedimento, com nova sedação, em que o balão é retirado”. Tanto a colocação, quanto a retirada do balão são realizadas na Première.
E não é só colocar o balão intragástrico que tudo está resolvido, não. “Não adianta só segurar a boca, a pessoa tem de recorrer a um tratamento mais amplo, com psicólogo, endocrinologista, nutricionista e praticar exercícios físicos”, aconselha endoscopista bariátrico João Paulo.
MECANISMOS DE AÇÃO DO BALÃO
– Mecânico: O balão enche e distende o estômago. A pessoa se sente saciada e a distensão libera um hormônio que deixa a digestão mais lenta e, consequentemente, a comida demora mais a ser digerida.
– Neurológica: o balão encosta na parede do estômago e neurotransmissores enviam sinais para o sistema nervoso central de que o paciente está saciado.
INDICAÇÃO
O médico endoscopista bariátrico João Paulo (FOTO) indica a introdução do balão gástrico em pessoas com IMC (índice de massa corpórea) a partir de 27. “O balão proporciona uma redução na ingestão de novas rotinas de alimentação com diminuição de 20% a 30% do peso corporal”.