A equipe do blog da Clube da Luta, que acompanhou in loco toda a semana de atividades do UFC em Fortaleza, fez uma avaliação dos principais erros e acertos na realização do TUF Brasil 2 Finale, neste sábado (8), no ginásio Paulo Sarasate. Confira!
O que deu certo:
SEGURANÇA: a organização planejou bem esse ponto, espalhando seguranças por todos os lados do octógono. Nenhuma ocorrência foi registrada nas dependências do Paulo Sarasate e o público se comportou bem. No lado externo, um efetivo bem razoável da Polícia Militar inibiu qualquer tipo de tumulto nos arredores do ginásio.
ESTRUTURA: o mesmo nível de uma edição do UFC em Las Vegas (maior palco de lutas do mundo) foi trazido para Fortaleza. Destaque para a iluminação, telões, sistema de som e montagem do octógono. Tudo de primeiro nível. Os espaços provisórios, destinados à imprensa e venda de ingressos, também foram bem aproveitados.
PRESENÇA DO PÚBLICO: guardadas as proporções para a oferta de ingressos, o UFC em Fortaleza foi sucesso de público e o ginásio Paulo Sarasate ficou lotado. Haviam poucos assentos livres, nas cadeiras mais próximas do octógono. Os números divulgados apontam 6.286 espectadores.
ACESSO AOS LUTADORES: durante a semana, o público teve inúmeras chances de ter um contato mais próximo com o seus ídolos (tirar uma foto e , em sessões de autógrafos, talk-show com perguntas, na pesagem e até mesmo no dia do evento. A assessoria agiu rápido e conduziu os atletas para entrevistas à imprensa, na Zona Mista, instantes após o término das lutas. Destaque para os três convidados VIPs: José Aldo, Glover Teixeira e Demian Maia.
O que deu errado e os pontos baixos do evento:
REFRIGERAÇÃO: quem foi ao ginásio acompanhar o evento passou muito calor em todos os setores. A lotação favoreceu o ambiente abafado e foi necessário recorrer a bastante água para evitar a desidratação ou até mesmo o mal-estar. Se é que existiu, o sistema de refrigeração não funcionou e foi criticado até pela própria direção do UFC. Nos vestiários, os lutadores também ‘penaram’ e eram resfriados com um modesto ventilador de coluna. No octógono, os atletas já começavam as lutas transpirando bastante.
ACESSOS AO GINÁSIO: a entrada dos fãs de MMA ocorreu de forma muita lenta, uma vez que o público passava por três bloqueios (entre a checagem do ingresso e a revista) e ocorreu em apenas um portão. Teve gente que entrou na fila 1h antes do início do do evento e só tomou assento no início da 2ª luta. O blog registrou algumas reclamações.
PREÇOS ‘SALGADOS‘: não bastassem os altos valores dos ingressos (o mais barato era R$ 125), os produtos que o UFC colocou à venda do torcedor apresentaram valores abusivos. Uma capa de celular personalizada do UFC custava R$ 40. A revista com o programa do TUF Brasil 2 (distribuída fartamente à imprensa, na Zona Mista) custava R$ 50. O pôster oficial do evento, autografado pelos lutadores, era vendido a R$ 250.
ESTACIONAMENTO: como o ginásio não possui estacionamento para o público, o fã de MMA teve que se virar para estacionar o veículo e ficou a mercê dos ‘flanelinhas’. Quem não chegou cedo teve que andar bastante até um encontrar uma vaga razoável. Faltou planejamento para a criação dos chamados ‘bolsões de estacionamento’.
DETALHES….
>> GAFE NA PREMIAÇÃO: pela 1ª vez na história das últimas edições do The Ultimate Fighter, o campeão do TUF não foi premiado no octógono. Léo Santos, que faturou o título da 2ª temporada brasileira, só recebeu o troféu do programa após descer do octógono, a caminho do vestiário. Historicamente, o presidente do UFC, Dana White, é quem faz a entrega, mas o chefão do UFC não compareceu ao evento em Fortaleza.
>> PRESENÇA DE LUTADORES: a maioria dos lutadores que participaram da 2ª temporada do TUF Brasil 2 prestigiaram o evento em Fortaleza. O mais assediado foi Santiago Ponzinibbio, argentino sensação na casa e que só não disputou a final do TUF Brasil 2 por conta de uma lesão sofrida durante a luta com Léo Santos – que viria a ser o campeão.
>> DOCE PERSONALIZADO: No jantar servido à imprensa, até a sobremesa era personalizada:
>> CAMISAS E BANDEIRAS DE TIME: Como de costume, o futebol invadiu os eventos de MMA. Centenas de torcedores foram ao ginásio com camisa de seus times do coração. Tinha corintianos, flamenguistas, vascaínos, palmeirenses, são-paulinos, gremistas, além claro, de alvinegros e tricolores, estes em maioria, por conta do apoio a Rony Jason, atleta patrocinado pelo Fortaleza.