* Texto publicado na Coluna Clube da Luta, do jornal O POVO, assinada por Daniel Santos.
O mês de outubro é decisivo para o MMA brasileiro. O país, que chegou a ser potência no octógono do Ultimate com quatro títulos em 2012, hoje possui apenas um cinturão. E no dia 25 ele estará em jogo: o campeão José Aldo enfrenta Chad Mendes, no Rio de Janeiro, com a missão de manter o Brasil no topo da categoria.
Os cinturões de Júnior Cigano, Renan Barão (interino) e Anderson Silva ficaram pelo caminho e hoje pertencem a americanos. O país domina o octógono mais famoso do mundo com oito títulos – incluindo a categoria feminina. Se Mendes vencer, o aproveitamento será de 100%.
Com as derrotas dos ex-campeões, a popularidade do esporte no Brasil tende a cair. Por isso, é importante ter atletas no topo e correr atrás do prejuízo o quanto antes. Anderson Silva e Vitor Belfort surgem como esperanças para 2015.
José Aldo venceu, e convenceu, no primeiro combate contra Chad Mendes, há dois anos atrás. De lá para cá, o manauara derrotou Frankie Edgar, Zumbi Coreano e Ricardo Lamas e o atleta da Team Alpha Male superou Cody McKenzie, Yaotzin Meza, Darren Elkins, Clay Guida e Nik Lentz. O americano atuou mais, ganhou mais ritmo e experiência, mas o brasileiro fez lutas mais difíceis.
Será a sexta tentativa de defesa de cinturão de José Aldo. E, mais uma vez, será favorito: luta em casa, já venceu o primeiro combate e tem cartel exemplar. O UFC Rio 5 terá também atuações de Glover Teixeira, Fábio Maldonado e outros pratas da casa.
O Brasil também pode terminar 2014 com dois títulos. O peso pesado Fabrício Werdum desafia Cain Velasquez, no dia 15 de novembro, no México. Já aqui, infelizmente, as chances são pequenas para o país.