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Educação

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Valeska Andrade

Em 15 anos, o número de jovens com até 19 anos que engravidaram caiu proporcionalmente no País. Em 1994, 504 mil crianças e adolescentes tiveram filhos, contra 574 mil em 2009. Nesse período, o crescimento no número de gravidez juvenil foi de 13%, pouco mais da metade do aumento da população dos 15 anos, que chegou a 24%. Mas os dados apresentaram diferenças regionais significativas. Enquanto Sul, Sudeste e Centro-Oeste comemoraram uma redução absoluta nos números, Norte e Nordeste apresentaram uma alta de 58% e 55%, respectivamente, bem acima do aumento populacional. Segundo dados do DataSus, de cada cem grávidas no País em 2009, 19,9% eram crianças ou adolescentes, contra 19,8% de 15 anos antes. Já no Nordeste, essa média passou de 21,9% para 22,9%.

BR-101 – No Nordeste, os números apontam que a gravidez na adolescência caminha lado a lado com a exploração sexual comercial às margens das rodovias, em especial a BR-101, a mais movimentada da região. A reportagem do UOL Notícias analisou os dados de todos os municípios nordestinos cortados pela rodovia, que liga as capitais de seis dos nove estados da região: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em mais de 80% dos casos, esses municípios apresentaram índices de gravidez na adolescência maiores que a média do respectivo estado. O problema é ainda mais grave nas cidades das divisas e naquelas consideradas dormitórios.

Valeska Andrade

Estudo divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) concluiu que a infraestrutura das escolas é fator decisivo para melhorar a aprendizagem. Foram analisados cerca de 3 mil colégios de ensino fundamental, urbanos e rurais, em 16 países da América Latina. Em média, 88,3% dessas escolas não tinham laboratório de ciências e 64,9% não dispunham de laboratório de informática. O estudo, com dados de 2006, tem enfoque nas séries iniciais do ensino fundamental. Os pesquisadores compararam resultados dos alunos em testes de Matemática e Língua Portuguesa ou Espanhola e constataram que a presença de laboratórios de informática e de ciências, biblioteca e sala de artes contribui para aumentar a nota. No Brasil, participaram 5.711 alunos do 3º ano e 5.422 do 6º ano, de 155 escolas de 25 estados

Valeska Andrade

Mais da metade dos alunos do 6º ano do ensino fundamental da maior parte das escolas latino-americanas confessa ter sido vítima de roubos, insultos, ameaças e agressões de colegas, revela estudo de especialistas chilenos e espanhóis. Baseado em dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e desenvolvido entre 2005 e 2009, o relatório aponta o roubo (39,4%) como a agressão mais frequente, seguida da violência verbal (26,6%). Os autores do estudo examinaram os resultados de 91.223 estudantes de 16 países latino-americanos, entre eles o Brasil. A análise revela que 51,1% dos estudantes dizem ter sido vítimas de bullying no mês anterior ao da pesquisa. Outra descoberta é que os meninos sofrem mais de bullying que as meninas.

Valeska Andrade

Começam até o fim do mês, em Fortaleza (CE), testes em crianças e adolescentes de uma vacina contra a dengue. No Brasil, outras quatro capitais participam dos testes clínicos: Vitória (ES), Natal (RN), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS). A aplicação da vacina candidata a prevenir a dengue será feita em três doses e deve durar dois anos. Em Fortaleza, os testes ocorrem na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a coordenação do professor Luís Carlos Rey. Serão escolhidos 800 voluntários entre moradores de bairros com alta incidência da doença e que tenham entre 9 e 16 anos. Vale lembrar que, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 25% dos casos de morte por dengue no Brasil, em 2007, foram de pessoas com menos de 15 anos.

Valeska Andrade

A Fundação Carlos Chagas realizou, em parceria com diversas universidades brasileiras, a pesquisa Consulta sobre a qualidade da educação infantil, que avaliou quase todos os quesitos como inadequados nas escolas públicas. O estudo analisou pontos como motricidade, arte, música, brincadeiras de faz de conta, promoção e aceitação da diversidade, interação com os professores etc. Este último, inclusive, foi o único que se mostrou satisfatório. Os dados foram apontados pelo doutor em Letras, Augusto Batista. O pesquisador acredita que as crianças da rede privada começam a estudar já sabendo de muitas coisas devido aos “eventos de letramento” vivenciados nas famílias. Batista diz que quando os pais leem livros, jornais, e-mails, contam histórias e inserem a criança nesses processos, estimulam a compreensão.

Valeska Andrade

Já no primeiro mês de vida, quando deveriam só mamar no peito, 17,8% das crianças brasileiras provam outros tipos de leite e alimentos. Na avaliação de Rosana De Divitiis, coordenadora da International Baby Food Action Network (Ibfan Brasil), entidade pró-aleitamento, o que faz os pais darem esses alimentos aos bebês é a propaganda maliciosa das empresas. “A indústria não tem como competir com leite materno de forma honesta”, diz. Em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Ibfan faz uma checagem anual para ver se empresas estão cumprindo a lei que restringe a divulgação de leites, fórmulas, alimentos de transição, chupetas e mamadeiras. Na pesquisa deste ano, as entidades acharam 95 irregularidades em produtos de 76 empresas.

Problemas – Os maiores problemas observados são os rótulos dos produtos e a forma como são expostos nos pontos de venda. A legislação obriga os fabricantes a incluir alertas sobre a importância da amamentação e proíbe promoções ou sugestões de semelhança com o leite materno. Nos mercados, esses itens não podem receber destaque.

Valeska Andrade

O número de matrículas na educação básica pública está em queda no Brasil, como comprovam dados preliminares do Censo Escolar 2011 divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2009, o País apresentava um total de 43 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio. Hoje, são 41 milhões estudantes. A queda no índice de natalidade do País e a menor taxa de reprovação dos alunos são fatores apontados como preponderantes para que o ensino fundamental (1º ao 9º ano) conviva com o ingresso cada vez menor de alunos. Em todo o território nacional, a quantidade de crianças que ingressaram nessa etapa caiu de 27,6 milhões para 25,8 milhões, o que equivale a uma redução de 6,5%.

Valeska Andrade

O número de pessoas interessadas em adotar é quase cinco vezes superior ao de crianças e adolescentes à espera de uma nova família. O levantamento, realizado em 10 de outubro pelo Cadastro Nacional de Adoção (CNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que há 4,9 mil crianças e adolescentes registrados no CNA e 26.936 pretendentes inscritos. Segundo o órgão, o perfil exigido pelos pretendentes ainda impede muitas adoções. Os interessados apenas em crianças brancas chegam a 36,54% do total. Entretanto, o índice de crianças brancas é de 33,82%. Além disso, 58,95% querem filhos de até 3 anos, apesar de meninos e meninas acima de 4 anos serem a maioria. Outro dado importante é que, entre pretendentes, 22.341 desejam adotar apenas uma criança, enquanto 3.780 delas têm irmãos.

Valeska Andrade

Pais e mães acreditam que seus filhos são menos influenciados por publicidade infantil do que os filhos de amigos e conhecidos. É o que mostra uma pesquisa inédita feita entre fevereiro e março por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB). O levantamento traz informações sobre quase 700 pais e mães, em 19 capitais e no Distrito Federal. Eles tiveram de responder à seguinte pergunta: “quanto a publicidade influencia no que o seu filho consome?”. Numa escala que vai da nota 1 (não influencia) até a nota 10 (influencia totalmente), os pais deram notas entre 5 e 6 para seus filhos, em média. Quando a pergunta se referiu aos filhos de amigos, atribuíram pontuação entre 7 e 8. A pesquisa foi feita como trabalho de conclusão de curso pelo psicólogo Lucas Caldas, que teve bolsa da ANDI – Comunicação e Direitos.

Alerta – Para o coordenador da pesquisa e professor do departamento de psicologia da UnB, Fabio Iglesias, o dado preocupa. “Quanto mais um indivíduo se considera imune, mais risco ele pode estar correndo.” Ele diz que há evidências do chamado efeito da terceira pessoa. “É quando o indivíduo acha que os outros são influenciados, enquanto ele se considera mais crítico”, conclui.