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Pais e Filhos

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Valeska Andrade

Levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o cadastro de adoção divulgado na última semana mostra que dos 27.437 interessados em adotar no Brasil, apenas 661 querem crianças e adolescentes de oito a 17 anos de idade, isto é, menos de 3% do total. A maioria quer crianças de até dois anos. Porém, dos 4.799 meninas e meninos disponíveis para adoção, só 91 estão na faixa etária de zero a dois anos, enquanto 548 têm 14 anos. O desejo de acompanhar as fases de crescimento é uma das explicações dos adultos para a preferência. “Acredita-se que uma criança mais nova tem menos história que uma mais velha ou é mais fácil lidar”, diz Niva Campos, responsável substituta pela Seção de Colocação das Crianças em Famílias Substitutas da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal.

Incompatibilidades de perfis – Conforme o balanço nacional, persiste a preferência dos adotantes por crianças brancas – 35,8%. No entanto, 1.677 crianças aptas à adoção são brancas (34,1%), 2.249, pardas (45,7%), e 930 , negras (18,9%). As amarelas e indígenas somam menos de 1%. “As pessoas procuram adotar crianças com semelhança física a elas. A gente tem menos procura por crianças negras. Isso tem a ver com o preconceito racial. Mesmo em uma família negra ou multiracial existe uma tendência por crianças brancas”, explica Niva Campos. Quase 60% dos pretendentes declaram ser indiferentes em relação ao sexo, porém 33,2% querem exclusivamente meninas, ante 9,6%, que desejam adotar garotos.

Valeska Andrade

O reconhecimento de paternidade ficou mais simples e ágil com uma norma editada na semana passada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Agora, o pedido para que o nome do pai seja incluído na documentação do filho pode ser feito diretamente no cartório de registro civil da cidade onde mãe e filho moram. Assim, o processo não precisará passar pelo Ministério Público (MP) quando a solução for simples. O novo método permite que a mãe ou o filho maior de idade procure o cartório de registro mais próximo – hoje são 7.324 no País – para pleitear a localização do pai. A única condição é que nenhum pedido de reconhecimento de paternidade tenha sido feito à Justiça. “A ideia é simplificar o processo ao máximo para que a pessoa não precise sair do seu bairro para começar o procedimento”, explica o juiz-auxiliar da Corregedoria do CNJ, Ricardo Chimenti.

Procedimento – No cartório, é preciso apresentar a certidão de nascimento da criança e preencher um formulário com os dados da mãe e do filho, assim como os do suposto pai, como nome e endereço, que são obrigatórios. Outros dados relativos ao pai, como profissão, endereço do local de trabalho etc. são opcionais. O cartório encaminhará o documento ao juiz responsável, que notificará o suposto pai sobre o pedido. Caso a ligação familiar seja confirmada, o juiz determina a inclusão do nome do pai na certidão de nascimento. Por outro lado, caso o pai não assuma a paternidade ou não apresente resposta em 30 dias, o processo é encaminhado ao Ministério Público ou à Defensoria Pública, para a tramitação de uma ação de investigação de paternidade.

Valeska Andrade

Mudanças no comportamento de crianças e adolescentes, tornando-as mais ansiosas, depressivas e isoladas, são alguns dos sintomas do bullying. Às vezes, esse conjunto de fatores também pode desencadear reações mais agressivas. A tragédia de Realengo, em abril de 2011, ainda está na memória do País. Para o professor do Departamento de Psicologia Escolar da Universidade de Brasília (UnB), Aderson Luiz Costa, não é fácil determinar os motivos que levam uma vítima a atacar seus intimidadores. “Não há uma resposta simples. É preciso analisar a história de vida da pessoa, suas patologias e transtornos. Mas qualquer pessoa submetida a uma condição de alto nível de ansiedade, obrigada a viver em sofrimento diário, vive em um potencial produtor de reações mais agressivas e intensas”, explica.

Fonte: Jornal de Brasília (DF)

Valeska Andrade

Mais de 100 meninos brasileiros foram contratados por clubes estrangeiros no ano passado para jogar futebol no exterior. A constatação faz parte de levantamento da Fifa realizada com base nas transferências ocorridas em 2011. Esse número, porém, pode ser apenas a ponta de um iceberg, já que os dados se referem somente a transações oficiais e autorizadas. No total, 13 mil crianças de todo o mundo teriam passado pelos sistemas de registros da entidade em 2011, classificadas como “amadores”. Essa é a primeira vez que a Fifa publica um mapeamento completo das transferências internacionais, graças ao novo sistema eletrônico de registro de vendas e compras de atletas. A entidade insiste, porém, que, com o sistema eletrônico e as exigências feitas, o número de jovens transferidos desabou. A Fifa proíbe a “venda” de crianças atletas, justamente para evitar a exploração delas e como uma tentativa de manter talentos em seus países de origem. O relatório admite que “histórias de horror” podem ocorrer e que essa é a população “mais vulnerável”.

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

Valeska Andrade

Os conselhos tutelares de Fortaleza (CE) sofrem com a falta de estrutura, a começar pela quantidade de colegiados. São apenas seis, quando deveria haver pelo menos o dobro de unidades, tendo em vista a população da cidade. A maior preocupação, no entanto, é com o acolhimento dos meninos ameaçados de morte pelos traficantes. Não existem locais para abrigá-los. “O problema é que a prioridade da gestão não é a infância. Há um gasto de R$ 127 milhões com publicidade”, afirma o advogado Renato Roseno. Já o titular da Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH), Demitri Cruz, diz que Fortaleza é pioneira na implantação de políticas públicas para a criança e o adolescente. “Evidentemente, as demandas são grandes e, às vezes, enfrentamos situações de gargalo, mas, aqui, encontramos uma rede que não existe em outro lugar”.

Interior de São Paulo – Os problemas de estrutura e falta de funcionários também afetam os conselhos tutelares da região de Ribeirão Preto (SP). “Tudo funciona em meias medidas. O conselho tem uma casa alugada, três computadores e um carro velho. É como uma fachada: faz de conta que há três conselhos lá”, disse o juiz da Infância e da Juventude de Ribeirão, Paulo César Gentile. Em Ribeirão Preto, o Conselho Tutelar 3 ameaçou fechar por falta de reposição de computadores após um furto. A secretária da Assistência Social, Maria Sodré, disse que as melhorias ocorrerão em 90 dias, prazo firmado com a Promotoria.

Fonte: Folha de S. Paulo (SP)

Valeska Andrade

Entre as mulheres, os danos causados pela dependência de crack afetam seriamente uma segunda vida: a do feto. Pesquisas indicam o alto índice de gravidez não planejada entre as dependentes da droga. A situação é de tal gravidade que autoridades de saúde discutem a oferta de contraceptivos, nos casos mais urgentes, a fim de impedir a gestação por até dois anos. São histórias como a de Laura (nome fictício), 30 anos, que está em tratamento numa comunidade terapêutica de Ceilândia (DF). Depois de perder a guarda do primeiro filho, a mãe recebe assistência para tratar a dependência e para resgatar o vínculo com filho, nascido prematuro. A criança nasceu abaixo do peso, sofre crises de refluxo e foi contaminada por sífilis ainda no útero. A enfermidade compromete o sistema nervoso central e o coração.

Fonte: Correio Braziliense (DF)

Valeska Andrade

As autoridades de saúde dos Estados Unidos decidiram recomendar com ênfase que meninos com idade entre 11 e 12 anos sejam vacinados contra o HPV. Até agora, essas vacinas eram dadas regularmente apenas em mulheres e meninas. O HPV pode causar verrugas e levar ao desenvolvimento de câncer do colo de útero. Está associado também ao câncer de pênis, tumores anais e de orofaringe. No Brasil, a vacina pode ser tomada apenas na rede privada. A incorporação ao calendário de imunização público do País está sendo discutida. “É necessário estudar o custo e os benefícios dessa medida. Somente para meninas, a vacinação na rede pública levaria ao incremento de quase três vezes o orçamento do Programa Nacional de Nacional de Imunizações”, disse o epidemiologista Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde.

Fonte: Revista IstoÉ

Valeska Andrade

A obesidade em crianças e adolescentes será tema de uma campanha anual do Ministério da Saúde que envolverá, neste ano, cerca de 5 milhões de estudantes de escolas públicas do País. Até esta sexta-feira, equipes de saúde vão pesar os alunos, calcular o índice de massa corporal e fornecer orientação nutricional. Estudantes com excesso de peso poderão ser encaminhados a unidades de saúde. A Semana de Mobilização Saúde na Escola tem como público alvo alunos de 5 a 19 anos de 22 mil escolas em 1.938 municípios (cerca de um terço das cidades do País). Segundo o secretário nacional de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o objetivo é evitar “uma tragédia futura, que é uma geração de obesos, hipertensos e diabéticos”.

Valeska Andrade

A partir do próximo semestre, os carrinhos de bebê terão que passar por avaliação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) antes de chegarem às lojas. A medida foi tomada após levantamento apontar que esses itens estão entre os principais causadores de acidentes com crianças no País. “Os fabricantes terão um prazo para se adequar ao processo, e ao final de três anos teremos a medida totalmente implementada”, disse o chefe substituto da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, Leonardo Rocha. Um dos problemas comuns está relacionado ao cinto de segurança, que pode causar estrangulamento. De acordo com o instituto, 15% dos relatos de acidentes feitos ao Inmetro entre 2007 e 2012 foram com itens para crianças e, destes, 8,7% ocorreram com carrinhos.

Fonte: Folha de S. Paulo (SP) e Zero Hora (RS)

Valeska Andrade

As próximas gerações devem aprender programação com tanta naturalidade quanto seus pais aprenderam a montar quebra-cabeças. A disciplina, defendem estudiosos norteamericanos, é uma espécie de “nova matemática”. Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, já está se preparando para educar as crianças dessa nova era. Eles pretendem ensinar a linguagem dos computadores para crianças da pré-escola, na faixa entre 5 e 7 anos, ao mesmo tempo em que elas aprendem o beabá. “Programação é apenas mais uma maneira de se expressar, assim como desenhar com giz de cera, construir com blocos de Lego e aprender a escrever”, argumenta Mitchel Resnick, pesquisador do MIT e um dos idealizadores do projeto.

Fonte: Correio Braziliense (DF)