Humanizar significa dar condições humanas, tratar o ser humano com dignidade, respeito e acolhimento e cuidar com sabedoria e dedicação. Embora essas atitudes pareçam exigir um grande esforço, é plenamente viável, no sentido de motivar e sensibilizar os profissionais da área, que desempenham um papel relevante como facilitador, no processo natural da vida da mulher. “É fundamental para a humanização do parto o adequado preparo da gestante para o momento do nascimento, e esse preparo deve ser iniciado precocemente, durante o pré-natal” (Ministério da Saúde, 2001, p.26).
Desde há muito tempo em diferentes culturas, temos o relato da ligação e comunicação entre a gestante e o bebê. As pesquisas realizas nas últimas décadas correlacionam influências da mãe sobre o feto, como no que diz respeito à alimentação materna, ao consumo de álcool, medicamentos na gestação, etc. Mas somente a partir de 1960 a tecnologia médica nos possibilitou a busca de mais informações a respeito da vida psíquica fetal.A verdade é que hoje sabemos que o feto já possui o que podemos chamar de “vida mental e sensorial”, a partir de 6 meses de idade gestacional.Neste sentido, podem ser identificados três níveis de interação entre a criança e o mundo: biológico, comportamental e afetivo.
Através destes conhecimentos adquiridos por estudos sabemos hoje a importância do bem-estar físico e emocional materno infantil. Segundo Verny, a maneira de compreender, agir e ser da criança está intimamente ligada aos sentimentos recebidos intra-útero.Vários trabalhos nesta área também enfatizam a importância das relações afetivas do recém-nascido para melhor estruturação de seus vínculos e, consequentemente, um melhor e mais adequado desenvolvimento orgânico e psíquico.Pelo o exposto então acreditamos ser fundamental que conheçamos os aspectos que envolvem o estar grávida. A gestação representa um período crítico no ciclo vital feminino e constitui-se de novas fases no desenvolvimento da personalidade dessa mulher.
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por várias transformações necessárias ao desenvolvimento do bebê e crescimento do útero. Essas modificações podem trazer desconfortos como dores nas costas, fadiga muscular, câimbras, inchaços, etc. A fisioterapia pode ser um forte aliado para minimizar esses incômodos, promovendo o bem-estar e melhorando a qualidade de vida.
Autora: Dra. Neyliane Sales