Estamos felizes pela resposta  do SINFITO RJ,em  relação a denúncia flagrada em reportagem da Globo, talvez nossa forma de escrever  nesse blog tenha inibido a Dra. Rita Vereza  Presidente do CREFITO 2  na busca de  justificativas para um crime o qual foi exposto a nossa profissão e  o próprio presidente do COFFITO, o Dr. Roberto  Cepeda  ainda não ter divulgado  declarações sobre esse episódio, nesses quinze anos de andanças pelo Brasil, posso afirmar a Dra. Rita Vereza  jamais tomaria um atitude contra essa profissão e o Dr. Cepeda  vejo com clareza sua honradez,   nosso intuito  não é  buscar  os culpados por tal fato, até porque essa é uma realidade brasileira e cada um de nós temos  a nossa participação, apenas é  hora de nos encorajarmos e mostrarmos o quanto somos capazes sim de exigir dignidade.

Vejam carta do Dr. Diego de Faria Magalhães Torres.

Prezado Jorge Brandão:

A Fisioterapia está estabelecida como ciência, isso é incontestável. É notório que nos últimos o desenvolvimento científico na área da saúde não é acompanhado na mesma magnitude pela valorização do profissional. O sofrimento não é só do Fisioterapeuta, mas também das demais profissões nas quais seus trabalhadores precisam conciliar 2, 3 e até 4 vínculos distintos para ter uma remuneração digna. Sindicatos e Conselhos fragilizados dão o tom dos debates que norteiam conflitos internos, considerando-os muito mais importantes que a ação multiprofissional e interdisciplinar na atenção à saúde da população. Algumas profissões da saúde ao invés de lutarem juntas, segregam-se e atacam-se nas entrelinhas de matérias jornalísticas, novelas e no dia-a-dia dos centros de saúde. Reativamos o SINFITO RJ no início desse ano, tendo como propósito a reunião da categoria para congregarmos com os demais sindicatos de profissionais da saúde a “luta conjunta”. Devemos amparar nossas ações na ética e no maior de nossas missões: atender ao próximo. É claro que inseridos no modelo capitalista, estamos necessariamente subjugados ao mercado. E é nesse contexto que explico o destoar de uma matéria (vídeo indicado) que poderia traduzir a realidade da profissão, mas, muito pelo contrário, desmoralizou a atuação de profissionais de excelência que não deveriam estar no mesmo espaço dos ditos “auxiliares de fisioterapia”. Fisioterapia é uma profissão e uma ciência, na qual a execução é ato privativo do profissional de nível superior denominado Fisioterapeuta. Sabemos que o “lobby” não é exclusividade da indústria, também o encontramos na saúde e na educação. Hoje falo convicto que não respondo só por mim, mas por um grupo de profissionais Fisioterapeutas que se reúnem e multiplicam a essência de um movimento incentivado pelo mudança. No dia 25 de novembro, estava em Brasilia, em uma passeata que nos direcionou à OAB Federal, onde aconteceu um evento pela dignidade humana, feito pelos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais. Pergunto: a mídia estava lá? Não. Estamos em um corredor paralelo, onde a inexperiência ou falta de influência não nos favoreceu a ponto de conseguirmos uma simples cobertura, mesmo que regional. Concluo, esclarecendo que não somos um grupo que se saciará com um bom salário, voaremos mais alto, na busca pelo reconhecimento e pela dignidade profissional, pois temos constância em nossos propósitos. Isso é o mais importante para enfrentar qualquer obstáculo.

Tenho a certeza que não o respondi com a objetividade que esperava. Não foi por acaso, o tema é complexo e exige debate amplo. Estarei sempre à disposição.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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