Sempre que assistimos discussões sobre o que é ideal no tratamento da fisioterapia contemporânea caímos em armadilhas, por defende essa ou aquela técnica, talvez esse não seja o caminho, deixando essa tarefa para os donos de escolas que de nada podem reclamar, principalmente tratando-se do lado financeiro, em nossa experiência de dezesseis anos de prestação de serviço na área de fisioterapia e buscando sempre conhecer e estudar os recursos os quais estão disponíveis na busca da recuperação do paciente, acredito que nosso grande êxito tem sido traçar um plano de tratamento para o indivíduo, dentro de suas possibilidades e limitações físicas. O conhecimento do maior número de possibilidades nos torna ainda mais seguro, dessa forma não acredito em navegar em ondas de modismos. Vamos colocar em prática essa linha de raciocínio. A pouco mais de dois anos em Fortaleza , vamos além, em todo o Brasil surge a febre do pilates, sempre tive dúvidas se tantas pessoas foram em busca desse recurso por acreditar nele ou por questões de mercado. Esse fenômeno veio para melhorar a condição das pessoas que sofriam por alguma disfunção músculo esquelética ou simplesmente por abrir uma frente de trabalho? Vamos falar dessa modalidade, o pilates, hoje tão difundida e principalmente por eu não ter formação nela, apenas acompanho de perto esse trabalho. Fazer uma formação seja em qualquer área não significa, fazer um curso de dez a quinze dias, de outro modo seremos apenas executores, algo tão combatido pelos fisioterapeutas, se faz necessário um formação continuada e é importante avaliar o paciente individualmente, demonstrando cada máquina de exercícios, examinando cada possibilidade, analisando diagnóstico, exames complementares, é um tratamento como outro qualquer, em seguida prescrever quais exercícios devem ser usados, o exercício utilizado, esse sim deve ter respaldo na literatura, assim acredito no método como plano de tratamento fisioterapêutico. Infelizmente o que assistimos pelas ruas da cidade são faixas oferecendo descontos e até a primeira aula gratuita, vejam só, enquanto muitos colegas estão comprando verdadeira brigas políticas pela nossa autonomia, enquanto muitos defendem o diagnóstico cinesiológico funcional , somos obrigados a ver indiscriminadamente uma prática comercial de baixo nível. Segundo consta no CREFITO, eles precisam receber denúncia para atuar o exercício ilegal da profissão, mas será que também temos que fazer denúncia sobre esse tipo de comércio? Afinal eles estão aos nossos olhos na frente de clínicas e em quantidade cada vez maior. Sugiro a todos abrirem o código de ética.
Fisioterapia não é comércio é ciência.