O Sol Nasce para Todos.

          Temos assistido nos últimos anos divergências sobre as novas técnicas em fisioterapia, enquanto alguns super valorizam outros se digladiam, tem até médico passando a maior parte do tempo de sua vida falando mal dessas técnicas, vários fatores são responsáveis para tantas polêmicas, o certo é que a fisioterapia vive em processo de ascensão, podemos destacar  as evidências científicas, um dos exemplos disso está na Austrália, Universidade de Queensland com relação a estabilização da coluna vertebral, além do crescimento dessa ciência em várias áreas da saúde. Métodos Posturais, por exemplo, vem dos anos quarenta desenvolvido na Europa por Françoise Mézières, uma fisioterapeuta que além de analisar a cadeia muscular, denominou- a de “cadeia muscular posterior” afirmando que todos os desvios de postura são causados pela lordose, utilizando como base o tratamento através de  alongamento dos músculos posteriores, desse método surgiram vários seguidores e evoluções nesses conhecimentos, dentre eles  a reeducação postural global, RPG, que  muitos gostam de colocar e nós temos ressalvas a esse tipo de comunicação “  uma febre no Brasil nos anos 80”, ou seja, somente quarenta anos depois nosso país obteve esse recurso na fisioterapia. Outras dessas técnicas manuais, osteopatia, quiropraxia … Não são inovações. O grande sucesso desses métodos é por serem no Brasil, responsabilidade do profissional Fisioterapeuta com formação em anatomia, fisiologia, biomecânica, cinesiologia, ciensioterapia… Esses profissionais estão habilitados a reconhecer disfunções cinéticas funcionas, além de terem vasto conhecimento em patologia e essa é a base para alcançarmos êxito na recuperação dos nossos pacientes. São grandes ainda as dificuldades encontradas por esses profissionais, eles não recebem patrocínio de alguns setores da indústria farmacêutica através de eventos, cursos, jantares e viagens. Mesmo assim, grande é o esforço da maioria dos fisioterapeutas, somos nós que desembolsamos cada centavo para nossa formação, buscamos o que é de melhor e ainda temos grandes possibilidades de nos tornar pólo de pesquisa e referencia mundial, temos legislação própria e somos representados por autarquias no caso COFFITO e CREFITO, somente pessoas leigas, com má vontade política ou interesses financeiros próprios, podem não considerar a fisioterapia uma profissão autônoma.

          Os procedimentos fisioterapêuticos, citados acima, apresentam grandes resultados desde que tenhamos o conhecimento para sabermos empregar. Qualquer leigo sabe muito bem que determinadas manipulações não devem ser realizadas, por exemplo, em idosos por conta da osteoporose, precisa ser um louco para acreditar em pilates como método antiflamatório, o que está em debate e deve ser esclarecido são as questões relacionadas às reservas de mercado, devemos ser práticos e trabalharmos com honestidade, a fisioterapia tem conquistado cada vez mais espaço e credibilidade junto à sociedade. Vejam o que li outro dia em blog médico:  “ Fisioterapia é uma ciência de carroça puxada por um burro”. Desespero, somente isso pode justificar tamanha asneira e mediocridade. A sociedade precisa conhecer melhor os nossos recursos e com clareza. O pilates já citado é apenas mais um recurso da fisioterapia e tem pleno valor quando realizado por educadores físicos, em nosso caso deve ser atribuído para recuperação e prevenção das disfunções, dessa forma, pilates, gyrotonic , equipamentos de musculação, bolas de bobath …  São ferramentas de aumento de força muscular, ganho de amplitude articular, melhor desempenho proprioceptivo, correção postural e por inúmeras outras razões seus resultados são tão favoráveis nos dias atuais.  Vejamos o papel do fisioterapeuta nos esportes, tem crescido substancialmente, chamando a atenção da mídia e essa muitas vezes usa linguagem própria, “ A nova febre”, “ o milagre das novas técnicas” … Tenho certeza que isso não passa de uma forma própria de comunicação da qual nós profissionais de saúde não comungamos e que fogem dos nossos princípios. Assim, resta-nos a confirmação da existência de profissionais anódinos estarem incomodados com os excelentes resultados demonstrados, sem a necessidade de métodos invasivos, por menor que sejam. Outra vitória dessa ciência tem sido a integração com todos os profissionais da saúde. Em apenas 42anos de existência no Brasil, muitas conquistas estão por vir, não podemos mascarar nossos limites, mas temos certeza, a grande maioria dos fisioterapeutas exercerá com bravura seu papel em benefício da sociedade.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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