Por: Sandra Rocha.

        Se você pensa que a Osteoporose é uma doença da terceira idade estar totalmente enganada, atualmente é cada vez mais freqüente o início da doença em adultos a partir dos 35 anos.

       Até os 30 anos de idade acontece o pico de produção óssea e é nesse período que garantimos nossos ossos do futuro. Após os 35 anos, a densidade mineral óssea diminui gradativamente de aproximadamente 1% de perda óssea por ano e após a menopausa pode chegar a 30% segundo os estudos.

       Esta doença caracterizada pela diminuição da perda óssea é silenciosa e com o ritmo de trabalho acelerado no dias atuais, sedentarismo, ingestão de corticóides e outros medicamentos, ciclos menstruais interrompidos alterando os níveis hormonais contribuindo para o aparecimento mais cedo dessa patologia.

        Hoje a osteoporose é considerada uma epidemia, uma vez que acomete 10 milhões de pessoas no Brasil.

       Além dos cuidados e das estratégias para tratar a doença, a prevenção ainda é o melhor tratamento, pois depois da doença estabelecida, se conseguimos estacionar a evolução é uma grande vitória e para isso é necessário:

  • Dietas ricas com cálcio e vitamina D
  • Realizar regularmente a densitometria óssea.
  • Fazer contagem hormonal
  • Tomar sol até antes das 10 h da manhã 
  • Realizar atividades físicas

      Segundo os estudos atuais é necessário que aconteça a modelagem óssea durante toda a vida, processo este, provocado pelo exercício com carga localizada e tensões, associado a vibrações para que aconteça microlesões ósseas e o cérebro entenda como fratura e envie informações aos osteoblastos  responsáveis pela formação óssea,  entrarem em ação.

      Diante desses estudos, foram derrubados alguns mitos, como o de que só o fortalecimento dentro das academias é suficiente para produzir osteoblastos.

É necessário tensão, carga, vibração e movimentos multidirecionais, para que realmente aconteça a produção óssea.

    O Pilates é uma técnica que através das molas, desenvolve tensão nos sítios acometidos pela osteoporose e associados a cargas multidirecionais, junto com a vibração provocadas pelas molas, promove o processo de modelagem e remodelagem óssea, além disso, trabalha postura, equilíbrio, fortalecimento, estabilidade das articulações e o impacto, que é um fator importante e já comprovado cientificamente para desenvolver a produção de osteoblastos, deve-se nesse caso associar ao trote na esteira supervisionado pelo profissional.

     Hoje já podemos mensurar qual a atividade ideal para a produção óssea, através do monitor NEWTEST, que monitora e analisa a atividade física do usuário em tempo real e indica a porcentagem do exercício osso diário que deve ser alcançado.

      O monitor é patenteado pela finish Newtest Oy, e foi premiado pela escola de medicina da universidade de Oulu Oulu e Deaconess Institut (Ari  vainiopao) e premiado pela sociedade Européia de biomecânica em 2004.

         Na CDI nós já dispomos do aparelho, mesmo sem ser comercializado ainda no Brasil. Após um curso e treinamento na Bélgica conseguimos trazer o aparelho para mensurar as atividades físicas e realizar estudos comparando aos já preconizados. Além disso, contribui consideravelmente para estimular os alunos do  Pilates a otimizar os resultados.

         Como é de uso individual podemos no futuro através dessa ferramenta provocar significadamente um impacto no controle dos exercícios nos casos de osteoporose.

     Estudos mais detalhados sobre a eficácia do PILATES na Osteoporose, no Curso Avançado de Coluna pela Metacorpus.

 Sandra Rocha: Rpgista, Osteopata e Professora dos cursos Avançados de Coluna no Pilates

About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

View All Articles